Da redação/PCS
O líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT/MS), se reuniu na noite desta terça-feira (10) com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o Secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Barbosa Santive, em Brasília, para discutir proposta de renegociação da dívida de Mato Grosso do Sul com a União.
O governador apresentou projeto de reestruturação que está sendo negociado junto ao Banco Mundial e a Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA), que prevê a tomada de um empréstimo externo para quitar juros da dívida estimados em R$ 2,9 bilhões até o ano de 2020.
O financiamento , que precisa ter o aval do Tesouro Nacional, seria pago pelo estado em 15 anos, após um prazo de carência de 3 anos, com juros menores que os pagos atualmente pelo estado na dívida com a União. Além disso, a proposta prevê que o dinheiro tomado no exterior seja utilizado também para investimentos na área de infraestrutura e logística.
Delcídio considera o projeto importante, porque além de organizar o estado do ponto de vista fiscal, prevê a realização de investimentos fundamentais para garantir a continuidade do desenvolvimento de Mato Grosso do Sul.
“O projeto apresentado pelo governador Azambuja é uma proposta diferenciada, e eu falo isso porque , na função de presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, por onde obrigatoriamente passam todas as operações de empréstimos internacionais para estados e municípios, conheço bem a realidade dos estados que apresentam pedidos de financiamento para quitar seus débitos e retomar o crescimento econômico. A proposta apresentada hoje não só alonga a dívida do estado, fazendo com que tenhamos condições de quitar o resíduo dos débitos até 2020, o que é interessante também para o governo federal porque garante dinheiro no caixa da União, e ao mesmo tempo está atrelada a investimentos em parceria com o Banco Mundial, que é uma instituição importante, acostumada a fazer operações de fomento , especialmente na área de logística e infraestrutura. Mato Grosso do Sul precisa de logística, porque o agronegócio é extremamente competitivo, sua eficiência e produtividade aumentam a cada ano, mas nós temos muita dificuldade no escoamento. Por isso temos que dispor dos recursos necessários a esses investimentos”, comentou o senador.
Empenho
O líder do governo disse que a reunião desta terça-feira foi apenas o primeiro passo de um longo processo até que o pedido de Mato Grosso do Sul seja aprovado pelo Senado e a União.
“Nós temos um processo longo pela frente. Vamos trabalhar junto ao Tesouro Nacional e ao ministro Joaquim Levy (Fazenda), mas nós vamos avançar, porque esse é um projeto fundamental para Mato Grosso do Sul”, concluiu Delcídio.
Participaram também do encontro o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, e o secretário-adjunto de Fazenda , Jader Afonso.