VERSÃO DE IMPRESSÃO
Política
17/10/2013 09:00:00
Deputado afirma que governo afastou policial por balear bandido em SP
Em nota, SSP e PM negaram que capitão será incluído em programa de acompanhamento

Terra/PCS

Foto: Reprodução
O deputado estadual em São Paulo Major Olímpio (PDT) afirmou, nesta quinta-feira, que o governo de São Paulo colocounbsp;o capitão da Polícia Militar filmado baleando um assaltante durante um roubo na zona leste de São Paulo, no último sábado (12), na "geladeira".Segundo o deputado, o capitão foi incluído no Programa \n de Acompanhamento e Apoio ao Policial Militar (PAAPM). PMs colocados no \n programa recebem acompanhamento psicológico e ficam afastados de suas \n funções, o que, para o parlamentar, serve como uma forma de afastar \n policiais que se envolvem em ações de confronto nas ruas.nbsp;\n \n “Pergunte a qualquer policial o que ele acha sobre o programa. É uma forma que o governo, a Secretária de Segurança (Pública) arrumou de castigar policiais militares que entram em ações de confronto. (...) É uma geladeira”, afirmou o deputado ao Terra.nbsp;\n \n De acordo com o parlamentar, policiais do batalhão do \n capitão filmado reagindo ao roubo afirmaram que ele está de \n “convalescência médica” até domingo e que será incluído no programa a \n seu pedido. “É o primeiro policial que pede para ser colocado no \n programa, o primeiro policial que pede para ser afastado”, ironizou o \n deputado.
Olímpio afirmou também que o celular funcional do capitão foi retirado, o que o teria impedido de conversar com o PM.nbsp;\n \n Segundo informações do deputado, o capitão solicitou a \n seu comando transferência para a cidade de Presidente Prudente, no \n interior do Estado, antes mesmo da ocorrência. Após balear o bandido, o \n pedido teria sido reforçado.\n \n Ontem, o deputado afirmou no plenário da Assembleia \n Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) que o capitão havia sido \n afastado. Após as declarações do parlamentar, a Polícia Militar paulista e a Secretária de Segurança Pública do Estado negaram, em nota, o afastamento do policial.\n \n Segundo a PM, “a ocorrência policial registrada em vídeo\n e amplamente divulgada, envolvendo um capitão, não está relacionada nos\n casos que determinem avaliação psicológica para inclusão no Programa de\n Acompanhamento e Apoio ao Policial Militar”. “Assim sendo, ele não será\n afastado de suas atividades funcionais, não frequentará o referido \n programa, nada mudará em sua rotina diária”.\n \n De acordo com o comando da corporação, “as imagens \n mostram uma ação legítima, praticada segundo o procedimento operacional \n padrão”.\n \n “Reafirmamos que a ação do policial foi legítima e \n correta, com a observância das técnicas policiais, não estando \n relacionada nos casos que determinem avaliação psicológica para inclusão\n no Programa de Acompanhamento e Apoio ao Policial Militar”, disse a \n SSP.nbsp;\n \n O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o secretário de Segurança Pública do Estado, Fernando Grella Vieira, também afirmaram na segunda-feira que a ação do policial foi "legítima".
Em\n entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governador paulista \n afirmou que “a atitude do policial foi legítima e direta”. Também \n questionado sobre o caso, Grella disse que a ação foi “legítima, contra \n um indivíduo que estava armado”. “A ação foi regular.”\n \n Mesmo após o posicionamento da PM e da SSP o parlamentar manteve sua afirmação de que o capitão foi afastado. “São mentirosas (as notas)”, disse.nbsp;“Não adianta o governo querer mentir para mim. Antes de ser deputado, eu sou policial. Tenho fontes, tenho contatos (na polícia)”, disse o parlamentar.