Política
27/08/2013 06:55:31
Dilma demite ministro Patriota após episódio com senador boliviano
O ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) deixou o governo após reunião com a presidente Dilma Rousseff na noite desta segunda-feira (26).
G1/PCS
\n \n O\n ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) deixou o governo após reunião\n com a presidente Dilma Rousseff na noite desta segunda-feira (26). O Palácio do\n Planalto anunciou como novo ministro Luiz Alberto Figueiredo, atual embaixador\n do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU). Patriota passará a ser o novo\n representante do Brasil nas Nações Unidas.\n \n O\n motivo da demissão foi o episódio do senador boliviano Roger Pinto Molina, que\n estava asilado havia um ano na embaixada brasileira em La Paz e foi trazido\n para o Brasil em um carro oficial brasileiro, embora não tivesse autorização do\n governo boliviano para deixar o país.\n \n Figueiredo\n estava em Nova York quando recebeu o telefonema da presidente Dilma Rousseff\n com o convite para assumir o comando do Ministério de Relações Exteriores. De\n acordo com o Itamaraty, ele embarcou para o Brasil e deve chegar a Brasília na\n manhã desta terça-feira (27). A posse deverá ocorrer nesta quarta (28), mas a\n data ainda não foi oficialmente confirmada.\n \n Nota\n divulgada pelo Planalto diz que Dilma "aceitou hoje pedido de demissão do\n ministro Antonio de Aguiar Patriota e indicou o representante do Brasil junto\n às Nações Unidas, embaixador Luiz Figueiredo, para ser o novo ministro de\n Relações Exteriores.\n \n Na\n nota, Dilma agradece o trabalho de Patriota à frente do Ministério de\n Relações Exteriores e informa que ele será o novo representante do Brasil nas\n Nações Unidas. A presidenta agradeceu a dedicação e empenho do ministro\n Patriota nos mais de dois anos que permaneceu no cargo e anunciou a sua indicação\n para a missão do Brasil na ONU", diz o texto.\n \n O\n encontro de Dilma com Patriota começou pouco antes das 19h e durou cerca de 50\n minutos. Depois do encontro, a presidente e o ministro deixaram o palácio.\n \n A cúpula do ministério passou o dia em reuniões para tratar da situação\n do senador e do diplomata\n Eduardo Saboia, encarregado de negócios da embaixada brasileira em La Paz, que admitiu\n ter organizado a operação que trouxe Molina para o Brasil em um carro oficial.\n "Tomei a decisão de conduzir essa operação, pois havia o risco iminente à\n vida e à dignidade do senador", disse.\n \n O senador viajou 22\n horas de La Paz a Corumbá (MS), onde na madrugada de domingo, pegou um jatinho\n junto com o senador brasileiro Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da\n Comissão de Relações Exteriores do Senado, e desembarcou em Brasília. Na manhã\n de domingo, o Itamaraty anunciou inquérito para apurar o caso.\n \n Em junho deste ano,\n a Advocacia-Geral da União (AGU), a Procuradoria Geral da República (PGR) e o\n Itamaraty já tinham se posicionado contra ajuda ao senador boliviano Roger\n Pinto, que queria deixar a Bolívia rumo ao Brasil.\n \n O Ministério\n Público da Bolívia planeja pedir a extradição de Molina, condenado a um ano de\n prisão no país por suposto crime de corrupção. Ele responde a outros 20\n processos na Justiça boliviana (saiba como tramitará eventual pedido de\n extradição).\n \n O fato de o\n governo brasileiro ter sido surpreendido pela chegada do senador contrariou a\n presidente Dilma Rousseff. A presidente e Patriota só teriam sido informados da\n fuga quando o boliviano alcançou território brasileiro.\n \n De acordo\n com o blog Panorama Político, de Ilimar Franco, em "O Globo", há sete meses os ministérios\n da Justiça e das Relações Exteriores do Brasil negociavam o caso do senador com\n o governo da Bolívia. Segundo o blog, a sugestão para que Molina deixasse o\n país teria sido feita informalmente por membros do governo boliviano.\n \n Luiz Alberto\n Figueiredo
\n O novo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, 58\n anos, nasceu no Rio de Janeiro e é formado em direito\n pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).\n \n Ele\n ingressou no Itamaraty em 1980 e, no mesmo ano, iniciou atuação nas Nações\n Unidas como diplomata assistente. Durante a carreira diplomática, representou o\n Brasil em várias reuniões internacionais sobre mudança climática.\n \n Figueiredo\n chefiou as negociações da Rio +20, a Conferência das Nações Unidas sobre\n Desenvolvimento Sustentável, realizada em junho do ano passado, no Rio de\n Janeiro. A conferência produziu um documento assinado pelos 188 países que\n participaram do evento.\n \n O resultado\n das negociações, apesar de não ter sido ousado na busca pelo desenvolvimento\n sustentável, foi considerado bem sucedido pelo governo brasileiro, já que houve\n a adesão de todas as nações participantes.\n \n Antonio\n Patriota
\n Nomeado por Dilma Rousseff no início do mandato, Antonio Patriota era\n secretário-geral das Relações Exteriores, segundo cargo mais importante na\n diplomacia, antes de assumir o comando da pasta. Antes, já tinha sido\n embaixador do Brasil em Washington entre 2007 e 2009.\n \n Natural do\n Rio de Janeiro, Patriota tem 59 anos e ingressou no Itamaraty em 1979. É casado\n com a americana Tania Cooper Patriota, funcionária da ONU, e tem dois filhos.\n \n Além de\n cargos de assessoramento do comando do ministério, em Brasília, Patriota também\n representou o Brasil em organismos internacionais.\n \n De 1999 a\n 2003, autou em Genebra (Suíça), como representante na Organização Mundial do\n Comércio. Antes, atuou na Missão Permanente do Brasil junto às Nações Unidas em\n Nova York entre 1994 e 1999.\n \n De 1992 a\n 1994, foi Subchefe da Assessoria Diplomática do Presidente Itamar Franco. Antes\n disso, trabalhou nas embaixadas do Brasil em Caracas (1988-1990) e em Pequim\n (1987-1988).\n \n \n
\n O novo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, 58\n anos, nasceu no Rio de Janeiro e é formado em direito\n pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).\n \n Ele\n ingressou no Itamaraty em 1980 e, no mesmo ano, iniciou atuação nas Nações\n Unidas como diplomata assistente. Durante a carreira diplomática, representou o\n Brasil em várias reuniões internacionais sobre mudança climática.\n \n Figueiredo\n chefiou as negociações da Rio +20, a Conferência das Nações Unidas sobre\n Desenvolvimento Sustentável, realizada em junho do ano passado, no Rio de\n Janeiro. A conferência produziu um documento assinado pelos 188 países que\n participaram do evento.\n \n O resultado\n das negociações, apesar de não ter sido ousado na busca pelo desenvolvimento\n sustentável, foi considerado bem sucedido pelo governo brasileiro, já que houve\n a adesão de todas as nações participantes.\n \n Antonio\n Patriota
\n Nomeado por Dilma Rousseff no início do mandato, Antonio Patriota era\n secretário-geral das Relações Exteriores, segundo cargo mais importante na\n diplomacia, antes de assumir o comando da pasta. Antes, já tinha sido\n embaixador do Brasil em Washington entre 2007 e 2009.\n \n Natural do\n Rio de Janeiro, Patriota tem 59 anos e ingressou no Itamaraty em 1979. É casado\n com a americana Tania Cooper Patriota, funcionária da ONU, e tem dois filhos.\n \n Além de\n cargos de assessoramento do comando do ministério, em Brasília, Patriota também\n representou o Brasil em organismos internacionais.\n \n De 1999 a\n 2003, autou em Genebra (Suíça), como representante na Organização Mundial do\n Comércio. Antes, atuou na Missão Permanente do Brasil junto às Nações Unidas em\n Nova York entre 1994 e 1999.\n \n De 1992 a\n 1994, foi Subchefe da Assessoria Diplomática do Presidente Itamar Franco. Antes\n disso, trabalhou nas embaixadas do Brasil em Caracas (1988-1990) e em Pequim\n (1987-1988).\n \n \n