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Política
17/04/2014 11:18:09
Dona do prédio da Câmara diz ser vítima de calote e avisa que vai despejar vereadores
A Câmara Municipal não paga aluguel desde 2005, segundo ele, e a dívida acumulada é de R$ 18 milhões.

Midiamax/PCS

Por\n meio do advogado André Borges, a Haddad Engenheiros Ltda., dona do \n prédio onde funciona a Câmara Municipal de Campo Grande, na Avenida \n Ricardo Brandão, avisou que vai expedir a ordem de despejo dos \n vereadores na próxima quinta-feira (24). A Câmara Municipal não paga \n aluguel desde 2005, segundo ele, e a dívida acumulada é de R$ 18 \n milhões. \n A Haddad diz acreditar que a desapropriação do prédio é uma manobra \n da Prefeitura e da Câmara Municipal para dar o calote nos proprietários \n do imóvel. “Não concordamos que usem da desapropriação para dar um \n drible na Haddad e deixar de pagar o que devem”, disse o advogado. André\n Borges lembrou ainda que o decreto de desapropriação é apenas uma etapa\n e que a efetivação depende de indenização justa e prévia em dinheiro. \n Segundo ele, ninguém da prefeitura ou da Câmara procurou os \n proprietários do imóvel até momento. “O fato é que estando na iminência \n do prazo ninguém da prefeitura ou da Câmara nos procurou. Queremos \n despejar a Câmara. Nós somos vítimas de um calote horrível”, disse. \n “Eles não pagaram e nem depositaram em juízo”, acrescentou. \n O advogado também respondeu a declaração do presidente da Câmara, \n Mario Cesar (PMDB), de que o prefeito Gilmar Olarte não deveria negociar\n o valor da desapropriação com os donos do imóvel. “Nós lamentamos a \n posição do presidente da Câmara que em nada contribui para a solução da \n dívida milionária”, afirmou. \n Borges disse ainda que a Haddad só vai aceitar discutir o valor da \n indenização se receber integralmente os aluguéis atrasados. “O imóvel \n foi construído para alugar, mas a Haddad não confia mais no poder \n público”, disse. Na avaliação da Haddad, o prédio vale R$ 30 milhões. O \n imóvel tem 3.097 m² de área construída. \n Já o presidente da Câmara argumenta que a avaliação do prédio para \n pagamento de aluguel seria de apenas R$ 7 milhões e que para a \n desapropriação não seria necessário acordo com o proprietário ou \n quitação imediata da dívida em relação aos aluguéis. Segundo Mario \n Cesar, a desapropriação, na maioria das vezes, é feita sem a \n concordância do dono do imóvel.