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O deputado federal Geraldo Resende (PSDB), também candidato à prefeitura de Dourados neste ano, aumentou o patrimônio em 262% nos últimos dez anos. O parlamentar também recebeu doações de campanha, em 2014, de empresa investigada na Operação Lava Jato.
De acordo com a relação de bens apresentado por Resende ao Tribunal Regional Eleitoral, em 2006 o deputado tinha R$ 565 mil de patrimônio. Em 2010 esse valor passou para R$ 909 mil e, em 2014, já chegou a R$ 2,4 milhões.
Entre os principais imóveis estão um apartamento em Dourados no valor de R$ 417 mil, um fundo de investimento previdencial da Unimed previdência no valor de R$ 312 mil, apartamento em construção também em Dourados no valor de R$ 246 mil, outro apartamento em Dourados de R$ 228 mil, e apartamento em Brasília no valor de R$ 176 mil.
Na prestação de contas da campanha de Geraldo Rezende em 2014, o parlamentar declarou ter recebido valor de R$ 450 mil do JBS. A empresa é citada na operação Lava Jato e acusada pelo Ministério Público Federal de realizar empréstimos ilegais.
O TCU (Tribunal de Contas da União) afirmou, em auditoria realizada no final de 2015, que a JBS foi favorecida em empréstimos junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). De acordo com o jornal Globo e a revista Exame, apenas uma das operações realizadas em 2008 junto a JBS renderam um prejuízo de R$ 614 milhões ao banco.
Apesar de ainda não serem conclusivas, as investigações do TCU, a pedido da CPI da Câmara, indicam que há indícios de danos ao BNDES, além de não ter encontrado elementos que possam afirmar o benefício dos empréstimos para a sociedade ou para o Brasil como um todo. A corte avaliou a aquisição das empresas norte-americanas Swift Foods amp;amp; Co.; Smithfield Beef e National Beef; e Pilgrins Pride.