\n O desespero de uma campanha eleitoral parece tomar conta de alguns políticos de Rio Verde, município localizado na região norte de Mato Grosso do Sul. As chances de prestar constas de seus mandatos, durante entrevistas, estão sendo substituídas por ataques pessoais.
A prova disso foi a entrevista do presidente da câmara, Anivaldo Moraes de Almeida (PT), o Nivaldinho, na semana passada na rádio Campo Alegre. O presidente foi o entrevistado do radialista Vinícius Marques.
Em vez de falar do trabalho desenvolvido pelos vereadores, Nivaldinho se limitou a tecer várias críticas, inclusive de cunho pessoal, contra o radialista Lino Santana, da rádio comunitária Águas do Pantanal. nbsp;
“Justamente por estar ao vivo, o presidente deveria ter falado com a razão, mas deixou a emoção tomar conta e, com isso, deixou de lado a postura de um homem público”, comentou um dos filiados ao PT, mesmo partido de Nivaldinho.
O presidente chegou ao ponto de dizer que o radialista não tem moral para falar de ninguém, “um rapaz que não respeita a própria cunhada”, emendou no ar.
Nivaldinho foi mais além, usou o nome da igreja católica, ao enfatizar que Lino Santana é um cara perigoso dentro igreja. Como se não bastasse, envolveu até a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), enfatizando que a mesma tem que saber quem é o radialista.
Segundo os bastidores políticos de Rio Verde, Nivaldinho e Lino são companheiros de várias eleições, mas a relação entre ambos está estremecida por conta de críticas que o radialista vem fazendo contra os vereadores em seu programa na Águas do Pantanal.
Na sequência de ataques, o presidente informou à população que Lino Santana foi funcionário do legislativo, mas só ia à câmara receber seu salário. Vale ressaltar que a afirmação de Nivaldinho coloca em dúvida a credibilidade da câmara, assim como comprova que existiu funcionário fantasma no legislativo de Rio Verde e que o presidente foi conivente com tal situação, uma vez que é vereador no município desde 2005.\n \n