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Após ter sido hostilizado em São Paulo, no local do desabamento do prédio que caiu no centro da capital paulista, o presidente Michel Temer recebeu nesta terça-feira (2) em sua casa na cidade o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Procurado pelo blog, FHC disse que passou na casa de Temer para lhe entregar o seu livro recém publicado. Ele afirmou que, como acabou de voltar do exterior, não sabia que o presidente havia sido hostilizado. Disse que eles conversaram sobre assuntos gerais.
"Temer é muito discreto. Falamos de assuntos gerais".
Temer também se reuniu nesta segunda (1º) com o advogado Fernando Castelo Branco, que vai acompanhar Maristela Temer, filha do presidente, em depoimento à Polícia Federal marcado para esta quinta-feira (3).
Como o blog revelou, Maristela foi intimada a depor no inquérito que apura os pagamentos de uma reforma feita em sua casa, em 2014.
A Polícia Federal aponta que serviços da reforma foram pagos em dinheiro vivo pelo ex-coronel da Polícia Militar João Batista Lima Filho. Ele é amigo do presidente e foi preso na Operação Skala, em março.
A intimação de Maristela irritou o presidente. Temer convocou um pronunciamento à imprensa na sexta-feira (27) para acusar os investigadores de vazamentos.
Segundo o blog apurou, o Planalto teme que outros familiares do presidente sejam chamados a depor no âmbito das investigações da Operação Skala. Uma das preocupações dos interlocutores de Temer é em relação à primeira-dama, Marcela Temer.
O ex-assessor e amigo de Temer José Yunes confirmou à Polícia Federal ter vendido uma casa para Marcela em 2010. O Planalto já divulgou cópia do Imposto de Renda da primeira-dama, afirmando que tudo está declarado.
Porém, advogados ligados a Temer temem que ela seja chamada para dar mais detalhes sobre a venda do imóvel, localizado em Alto de Pinheiros, região nobre de São Paulo.
Outra expectativa do Planalto para os próximos dias é em relação à prorrogação do prazo das investigações. O ministro Luis Roberto Barroso, relator do inquérito dos Portos, pediu a manifestação da Procuradoria-Geral da Republica a respeito do pedido de mais 60 dias feito pela PF.
O blog procurou o advogado Fernando Castelo Branco, mas não conseguiu contato até a publicação deste post.