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Política
17/06/2015 07:57:00
Empreiteira teria usado notas frias para receber R$ 3 milhões
Proteco, conforme relato, usou nome de laranja para justificar obras em cinco cidades

Correio do Estado/PCS

José Airton Andrade Siqueira é dono de uma microempresa que atua há oito ano no mercado da construção civil, em Campo Grande. Ele emprestou cinco notas fiscais à construtora Proteco, cujo dono é João Amorim, empreiteiro que mais fatura dinheiro com obras públicas em Mato Grosso do Sul.

Os documentos foram preenchidos como se a empresa de Siqueira, que sabia que a trama era fraudulenta, tivesse prestado, por meio da Proteco, serviço a cinco prefeituras, tarefa que teria garantido a ele R$ 3 milhões.

O microempresário, contudo, afiança nunca ter efetuado nenhuma obra à Proteco ou recebido uma moeda por trabalhar para a construtora de Amorim, pelo contrário.

Conforme as emissões das notas, às quais o Correio do Estado teve acesso, pelo empréstimo dos papéis fiscais, José Airton garante ter acumulado uma dívida tributária que supera a casa dos R$ 300 mil, o nome relacionado no Serasa e ainda perdeu contratos de trabalhos por não poder mais emitir notas.