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Política
12/03/2013 08:10:05
Estado abandona pelotão da PM em Anhanduí, destruído há nove meses por vândalos
Quem não é do distrito de Anhanduí, distante 293 quilômetros de Coxim, e passa em frente ao pelotão da Polícia Militar duvida que ali funcione uma base que garanta a segurança, a ordem e a lei local.

Midiamax/PCS

Foto: Luiz Alberto
\n Quem não é do distrito de Anhanduí, distante 293 quilômetros de Coxim, e passa em frente ao pelotão da Polícia Militar duvida que ali funcione uma base que garanta a segurança, a ordem e a lei local. Abandonada pelo Estado desde que sofreu um ato de vandalismo em junho de 2012, a base ainda está aberta para atendimento à população, mesmo sem ter passado por nenhuma reforma. As paredes estão rachadas e queimadas e não há vidros nas janelas, que permanecem destruídas. Policiais que trabalham no prédio preferem não se identificar, por medo de represálias, ao contar a equipe de reportagem as condições de atendimento à população. O sinal da internet é doado por um morador para que os boletins de ocorrência mais simples sejam registrados. “É ordem que qualquer ocorrência de prisão seja levada para Campo Grande, mas quando o caso é registrar um boletim por extravio, por exemplo, a gente auxilia as pessoas e registra aqui mesmo. Com internet doada. É assim que a gente trabalha”, diz um policial. O prédio ficou escurecido após o incêndio, mas foi pintado com spray branco para clarear o ambiente. Com pouco material doado, não foi possível cobrir todas as paredes. Foram utilizados papelões para tampar os buracos deixados com a ação. Sem opção, móveis queimados ainda são usados para o trabalho e um sofá velho atende quem procura a base. Todo o material que sobrou é reutilizado e o que foi substituído é doado. Informações dão conta de que nenhuma previsão de reforma foi anunciada e nenhum apoio do Estado chegou à Anhanduí. Com escala de trabalho apertada, a equipe faz o que pode e orgulha-se da recuperação de um veículo roubado. “A gente ama o que faz, mesmo sem nenhum apoio e nem o material básico para o trabalho”, finaliza um policial. \n \n