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Procurador-Geral do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Alexandre Magno Benites de Lacerda, declarou apoio do órgão nesta terça-feira (10) para conter manifestações antidemocráticas no Estado.
Lacerda se reuniu com o governador, Eduardo Riedel (PSDB), além dos secretários de Justiça e Segurança Pública, de Governo e Gestão Estratégica e da Casa Civil, para definir as ações a serem tomadas no âmbito da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), com relação aos acampamentos de manifestantes em frente de quartéis do Exército.
Segundo o Ministério Público, uma das primeiras ações foi desocupação do canteiro central da Avenida Duque de Caxias, em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste). Foi removida do local toda a estrutura do acampamento.
A operação de desocupação foi realizada pelas Polícias Militar e Civil, por meio da Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social) e teve início logo após a decisão judicial, com a notificação e negociação com os manifestantes.
Na segunda-feira (9), após serem notificados, responsáveis por banheiros químicos e tendas providenciaram a retirada de todo o material. Porém, alguns manifestantes retornaram para a frente do CMO.
Também houve apoio do Exército e da prefeitura da Capital, que realizou retirada de entulhos e limpeza do local.
Investigações -Conforme o procurador-geral, o MPMS participará ativamente das investigações e processamento dos responsáveis pelos atos realizados em prédios dos três Poderes, em Brasília (DF), no último domingo (8).
"O MPMS, por intermédio da Procuradoria-Geral de Justiça, Gaeco e seus membros, no exercício de seu mister, participará ativamente nas investigações e processamento dos responsáveis que tiveram participação no citado episódio e que sejam oriundos de Mato Grosso do Sul, a fim de responsabilizá-los criminalmente e coibir com firmeza atos que ainda insistam em desrespeitar os mandamentos constitucionais e legais e promover ataques ao Estado Democrático de Direito", garantiu.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes, que deu prazo de 24 horas para desmonte dos acampamentos e manifestações existentes em frente dos quartéis em todo o País, foi proferida no domingo (8/1), no âmbito do inquérito n. 4.879 do Distrito Federal, logo após manifestantes promoverem atos de depredação nos prédios que sediam o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF.