Em meio a uma corrida contra o tempo,\n a definição sobre a compra das terras da Reserva Buriti, em \n Sidrolândia, foi adiada, mais uma vez, para o dia 18. Hoje (16), o \n governador André Puccinelli (PMDB) esteve reunido, na Governadoria, com representantes dos \n produtores rurais e secretários. Por telefone, participaram o ministro \n da Justiça, Eduardo Cardozo, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, \n Miguel Rossetto, e o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams.As\n negociações duram mais de um ano, mas no dia 31 vence o prazo para que o\n pagamento seja incluído nos precatórios e o dinheiro saia em 2014. Caso\n contrário, só em 2015.De um lado, os produtores rurais não abrem\n mão dos R$ 124 milhões, apresentados no laudo elaborado por uma empresa\n particular. Do outro, o Incra, autor do estudo que estipulou a \n indenização, inicialmente, em R$ 78 milhões que, em seguida, subiu para \n R$ 80 milhões, após negativa da classe produtiva.A solução, \n agora, depende do Incra, considera o secretário-adjunto da Seprotur \n (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário e Produção), Pedro \n Pedrossian Neto. “(O Incra) errou por R$ 44 milhões, e é preciso que \n volte atrás no valor. O poder de caneta está com a União, mas o governo \n do Estado está empenhado para fazer valer os R$ 124 milhões, não tem \n como ser menor que isso”, afirma.“Os laudos (o privado e o do \n Incra) foram feitos com metodologias diferentes, mas usamos uma com mais\n acurácia, mais fidedigno. Então, tudo depende do Incra mudar”, reforçou\n o presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), \n Eduardo Riedel, após a reunião.Nova reunião – \n Sem acordo entre as partes, um novo encontro foi marcado para \n quarta-feira, em Brasília. Pedrossian Neto e o secretário-titular de \n Produção, Paulo Engel, representando o governo do Estado, além de Riedel\n e produtores rurais, vão se reunir com representantes do ministério da \n Justiça, do Desenvolvimento, Incra e da AGU.Conforme já divulgado\n pelo Campo Grande News, há uma cobrança da presidente Dilma Rousseff \n (PT) para que o Incra faça nova avaliação.“Não sabemos se haverá \n um recuo do Incra, se será o que pedimos, ou se será intermediário entre\n os dois. Mas temos pressa, para que tudo esteja definido, valores, área\n homologada, até o dia 1º de julho”, finaliza Riedel.