Midiamax/LD
Indiciado pela PF (Polícia Federal) pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa e corrupção passiva, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) poderá enfrentar processo de impeachment. Cumprindo seu segundo mandato, ele é suspeito de ter recebido R$ 67 milhões em propina pagos pela JBS em esquema que causou prejuízo estimado em R$ 209 milhões aos cofres sul-mato-grossenses.
Pedido de compartilhamento de provas da PF no inquérito encaminhado ao relator do caso, ministro Félix Fischer, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), está sendo enviado pelo deputado estadual Capitão Contar (sem partido). Conforme o parlamentar, com os documentos em mãos ele dará entrada no pedido de impeachment de Azambuja.
Deflagrada em 2008, a Operação Vostok baseou-se em informações repassadas pelos irmãos Batista, donos da Jamp;amp;F, empresa que controla a JBS. À época, os executivos afirmaram que quantias milionárias da propina foram pagas ao governador de MS.
No ano passado, mais de cem pessoas foram ouvidas nos desdobramentos da operação. Como conclusão dos trabalhos, a PF indiciou 20 pessoas, incluindo Reinaldo e o filho. Em nota, o governador disse ter recebido com estranheza a conclusão do inquérito e voltou a argumentar que a denúncia é baseada em delação premiada que, segundo ele, não possui credibilidade nem provas.