Sheila Forato
Uma simples coleta de pesquisa eleitoral registrada virou caso de polícia em Alcinópolis, região norte de Mato Grosso do Sul, depois que integrantes de uma coligação tentaram impedir o trabalho de campo dos pesquisadores no município.
Consta no boletim de ocorrência, registrado pelo proprietário do Instituto de Pesquisa Pontual, Averaldo Oliveira Fernandes, de 64 anos, que na sexta-feira (13), por volta das 16 horas, sua equipe foi constrangida e teve de retornar ao hotel.
Segundo o boletim de ocorrência, registrado sob o número 601/2024, integrantes da coligação “Alcinópolis no rumo certo”, encabeçada pelo candidato a prefeito Weliton, seguiram os pesquisadores e gritavam para os moradores de Alcinópolis não responder a pesquisa, acusando a mesma de mentirosa e fraudulenta.
Por telefone, Averaldo contou que orientou sua equipe de campo a se recolher e retomar os trabalhos somente no outro dia. Ele explicou que o recuo aconteceu para não contaminar o resultado, uma vez que Alcinópolis é uma cidade pequena, onde as pessoas tem medo de perseguição política. E, neste caso, os opressores, integram a coligação que representa o poder político da cidade.
“Você sabe como as coisas funcionam no interior. Todo mundo conhece todo mundo e quem está no poder pode usar de diversos recursos para prejudicar quem não reza em sua cartilha”, ponderou Averaldo. Apesar de toda a situação e do prejuízo financeiro ao instituto, a pesquisa foi realizada. Ela está devidamente registrada junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e deve ser divulgada nos próximos dias.
O Edição MS está tentando contato com a coordenação da coligação “Alcinópolis no rumo certo” e aguarda retorno. Caso haja interesse em se manifestar, a resposta vai ser incluída nesta reportagem.