VERSÃO DE IMPRESSÃO
Política
27/03/2013 06:45:18
Líderes anunciam reunião para tentar convencer Feliciano a renunciar
Eles programaram para a próxima terça encontro com deputado do PSC. Protestos impedem funcionamento da comissão que Feliciano preside.

G1/PCS

Foto: André Martins
\n \n O presidente\n da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e líderes partidários anunciaram nesta\n terça-feira (26) que farão uma reunião na próxima semana para tentar convencer\n o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) a renunciar à presidência da Comissão de\n Direitos Humanos.\n \n As lideranças\n partidárias se reuniram à noite no gabinete de Henrique Alves em busca de uma\n solução para o impasse gerado com a decisão do PSC de manter Feliciano no\n comando do colegiado. Os parlamentares agendaram para a próxima terça (2), às\n 11h, encontro para alertar o deputado de que ele não possui apoio para\n continuar na comissão.\n \n “Lamentavelmente,\n hoje, a decisão [do PSC] veio em contrário àqueles entendimentos anteriormente\n encaminhados. Diante dessa realidade, que nós respeitamos, a decisão consensual\n foi convidarmos o deputado Marco Feliciano para na próxima terça, às 11h, ter\n uma reunião com todos os líderes partidárias desta Casa, na busca de uma\n solução respeitosa, democrática, que esta Casa está esperando”, afirmou o\n presidente da Câmara.\n \n Segundo\n Henrique Alves, os parlamentares mostrarão a Feliciano que, com a presença dele\n à frente da comissão, os trabalhos do colegiado ficarão prejudicados.\n \n “[O argumento\n será] que a comissão precisa se reunir. Aquele clima de radicalismo não pode\n continuar. A comissão tem que tomar decisões, ter quórum qualificado, tem que\n ter a sua pauta, ter votações. E, a cada semana isso não está acontecendo”,\n disse.\n \n Desde sua\n indicação, Marco Feliciano sofre pressão para deixar o posto por conta de\n declarações consideradas homofóbicas e racistas. Nesta terça, o PSC decidiu\n manter o deputado à frente da comissão. Ao anunciar a posição do partido, o\n vice-presidente da sigla, Everaldo Pereira, fez um longo discurso sobre o apoio\n do PSC aos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma\n Rousseff.\n \n A declaração\n foi vista como uma tentativa de pressionar partidos, sobretudo o PT, a apoiar\n Feliciano. O líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), afirmou que a sigla\n apóia o PSC no comando da comissão, mas não Feliciano.\n \n “Não está em\n discussão religião ou política. Eles colocaram isso, mas é errado colocar\n governo [na discussão sobre a Comissão de Direitos Humanos]. É uma questão da\n Casa. O PT apóia o PSC presidindo a comissão, mas não o deputado Marco\n Feliciano presidindo comissão.”\n \n Ele afirmou\n esperar que Feliciano repense a decisão de continuar à frente do colegiado,\n diante da manifestação dos lideres partidários.\n \n “Uma coisa é um\n deputado falar. O colégio de líderes é mais forte do que um deputado. Estamos\n vivendo um impasse político”, disse.\n \n O líder do\n PSC, André Moura (SE), deixou a reunião no gabinete de Henrique Alves antes do\n término. Ele afirmou que o PSC ouviria a posição final dos líderes partidários,\n mas destacou que a decisão final sobre a permanência de Feliciano é do partido.\n \n "Esta é a\n última tentativa de entendimento. O PSC é partido democrático e temos que ver a\n proposta de amanhã. O que eles querem é dar uma opinião, mas a posição final é\n do PSC e disso não vamos abrir mão", declarou.\n \n \n