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Em discurso nesta terça-feira (17) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) saiu em defesa do presidente Michel Temer e disse que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot fez “terrorismo” nas acusações apresentadas ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Maluf foi um dos deputados que discursaram na fase de debates do relatório que recomenda a rejeição da denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).
“Quero chegar à conclusão que o que Janot fez em termos de terrorismo nos investimentos nacionais e estrangeiros no Brasil não tem retorno”, disse. “O que se fez foi terrorismo, sem base legal”, completou.
Enquanto chefiava a Procuradoria Geral da República, Janot foi o responsável por oferecer as denúncias contra Temer. “O mal que ele fez para a economia nacional em 2016 e 2017 com essas acusações falsas, ele (Janot) não paga, porque isso não volta atrás”, ressaltou o deputado.
“Quem aqui pode levantar a mão e dizer ‘eu estou aqui sentado sem ter pedido recurso para ninguém, minha campanha custou zero’? Todos pediram recursos. Eu pedi e Michel Temer pediu. Mas de acordo com a lei”, disse o deputado.
Na última semana, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou um recurso apresentado por Maluf contra a condenação imposta a ele de 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro. Como ainda há possibilidade de recurso, o deputado não pode ser preso.
Na CCJ, o deputado ainda argumentou que a denúncia contra Temer traz algumas informações relativas a um período anterior ao mandato do presidente, o que não é permitido. Ele também defendeu que eventual julgamento de Temer seja feito após 2018.
“Nós temos que esperar terminar esse mandato. Se Michel Temer fez algum erro, algum engano, tem tempo para ele ser condenado depois, para ser julgado depois, mas hoje não”, disse.