G1/LD
Após ser escalado por Michel Temer para criticar a quebra de sigilo do presidente, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS), se reuniu na noite desta segunda-feira (5) com líderes do governo da Câmara e do Congresso na residência do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Na reunião com Maia e com os líderes do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e no Congresso, André Moura (PSC-SE), Marun disse que "todos estranharam" a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), de autorizar a quebra de sigilo do presidente no inquérito dos Portos "justamente em um momento em que Temer busca combater a violência" no país.
Para Marun, "querem enfraquecer o comandante", no caso, o presidente Temer, na "guerra contra o crime". O ministro se refere ao plano de intervenção federal no Rio e a à agenda de segurança pública do presidente.
"Todos foram unânimes na reação de estranheza porque parece que, no momento em que o governo precisa estar forte para enfrentar o crime, busca-se enfraquecer o comandante através da inclusão dele no inquérito da odebrecht e, agora, a quebra do sigilo", disse o ministro ao blog.
Marun disse que, na reunião, eles também discutiram as eleições presidenciais, "já que Maia vai se lançar candidato à presidência da República nesta semana", além da pauta da semana na Câmara.
Procurado, Maia disse ao blog que a reunião discutiu temas da pauta da Câmara – como a agenda da segurança pública – e que também comentaram a quebra de sigilo do presidente Temer.