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Política
17/05/2016 06:08:00
Meirelles anuncia nesta terça-feira equipe econômica e presidente do BC
Ilan Goldfajn e Mário Mesquita estão cotados para chefiar Banco Central. Mansueto Almeida, Marcos Mendes e Rachid podem compor a Fazenda.

G1/PCS

O ministro da Fazenda Henrique Meirelles deve anunciar nesta terça-feira (17) quem será indicado para presidir o Banco Central, os integrantes da sua equipe econômica no Ministério da Fazenda e, também, os presidentes dos bancos oficiais, como Caixa e Banco do Brasil. O anúncio está marcado para as 8h30.

Os nomes mais cotados para comandar o Banco Central são de Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco, e de Mário Mesquita, sócio do banco Brasil Plural. Ambos já foram diretores do BC.

O único integrante da equipe econômica já anunciado por Meirelles para o segundo escalão do Ministério da Fazenda foi o de Tarcísio Godoy, que ocupará o posto de secretário-executivo. Ele foi secretário do ex-ministro Joaquim Levy.

Entre as especulações para compor a equipe do ministro Meirelles, no Ministério da Fazenda, aparecem os nomes de Carlos Hamilton (ex-diretor de Política Econômica do Banco Central); Mansueto Almeida, técnico do Ipea especialista em contas públicas; Marcos Mendes, consultor legislativo, e de Jorge Rachid - atual comandante do Fisco, que permaneceria no órgão.

Ajuste fiscal

A equipe anunciada por Meirelles, no Ministério da Fazenda, terá a responsabilidade de conduzir um ajuste das contas públicas brasileiras - que passam por forte deterioração.

Nos últimos dois anos, foram registrados déficits fiscais (despesas maiores que arrecadação), sendo o último deles, em 2015, superior a R$ 110 bilhões.

Para este ano, o ministro Meirelles já admitiu que deverá ser registrado novo déficit e que ele deverá superar a marca dos R$ 96 bilhões. O mercado prevê um rombo próximo de R$ 100 bilhões também para 2017.

O novo ministro da Fazenda já indicou que o ajuste nas contas, que em tese pode ser implementado por meio de cortes de gastos e de alta de tributos, é um dos principais desafios da economia neste momento.

Ele avaliou que a dívida pública não pode continuar subindo na proporção com o PIB e que é importante tentar retomar os superávits nas contas públicas. De acordo com Meirelles, a melhora das contas seria importante para a volta da confiança dos investidores e consumidores, para o aumento do investimentos e, subsequentemente, para o retorno do processo de crescimento da economia com geração de empregos.

Para atingir o objetivo de reequilibrar as contas públicas, Meirelles não descartou a possibilidade de retorno da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF) e também propôs a reforma da Previdência Social - que teria impacto nas contas públicas no médio prazo. A ideia, nesse caso, seria fixar uma idade mínima de aposentadoria.