G1-MS/LD
Quatro ex-deputados federais de Mato Grosso do Sul foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo suposto envolvimento na farra das passagens. Eles são suspeitos de repassar a terceiros cotas de viagens aéreas oferecidas pela Câmara para o trabalho parlamentar. As investigações contemplam o período de janeiro de 2007 a fevereiro de 2009.
Antonio Carlos Biffi (PT), Antonio Cruz (PSDB), Murilo Zauith (PSB), atual prefeito de Dourados (MS), e Pedro Pedrossian Filho (PMB) são acusados de peculato, que é o desvio de dinheiro público. A pena vai de dois a 12 anos de reclusão mais o pagamento de multa.
A TV Morena entrou em contato com Zauith e sua assessoria, mas não houve retorno. Pedrossian Filho também não atendeu às ligações. Biffi não respondeu ao recado deixado. Cruz não foi localizado.
Ao todo, 443 ex-deputados federais foram denunciados em todo o país.
O MPF também encontrou indícios de irregularidades na ação de políticos com foro privilegiado. Nesses casos, cabe, agora, à Procuradoria-Geral da República (PGR) dar sequência ou não à denúncia. São 219 políticos no Brasil.
Os investigados de Mato Grosso do Sul são os deputados federais Vander Loubet (PT), Geraldo Resende (PSDB) e Dagoberto Nogueira (PDT). A lista inclui também o senador Waldemir Moka (PMDB) e até o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS), Waldir Neves.
A assessoria do TCE-MS informou que Neves está fora do estado e só deve se pronunciar na segunda-feira (7). A TV Morena não conseguiu contato no telefone de Nogueira. O recado no celular de Loubet não foi retornado. O mesmo aconteceu com Moka. Resende informou que ainda não foi notificado e afirma que não usou a cota de forma inadequada, fez o que a regra da Câmara, na época, permitia.