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Política
11/05/2016 09:45:00
Mulher de Giroto presa na Lama Asfáltica vai para prisão domiciliar

Correio do Estado/AB

Rachel Rosa de Jesus Portela Giroto deixou o presídio militar, em Campo Grande, na madrugada de hoje (11). A prisão temporária dela foi convertida em domiciliar.

Ela foi detida ontem (10) durante deflagração da 2ª fase da Operação Lama Asfáltica, realizada pela Controladoria Geral da União (CGU), Receita Federal e Polícia Federal.

A advogada e esposa do ex-deputado federal Edson Giroto é investigada em inquérito que já comprovou desvio de R$ 43 milhões em contratos de obras de infraestrutura, de serviços de informática e gráficos.

“Não foi encontrado (na Capital) estabelecimento digno que possa comportar uma advogada, como estabelece o estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ela também possui uma filha de 7 anos que teria a necessidade dos cuidados da mãe”, explicou o advogado de defesa dela, Valeriano Fontoura, sobre a argumentação apresentada para a mudança no tipo de prisão.

Advogados tem direito a serem recolhidos em sala de Estado Maior da Polícia Militar, caso contrário cumprem o mandado de prisão em regime domiciliar.

Rachel deixou o presídio militar à 00h15 e foi para casa. Edson Giroto permanece detido em cela na Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico. Com ele também estão André Luiz Cance, secretário-adjunto de Fazenda; João Amorim, empreiteiro dono da Proteco; Flávio Henrique Garcia, empresário; Wilson Roberto Mariano de Oliveira (Beto Mariano), ex-diretor e fiscal da Agesul, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Paranaíba; Hélio Yudi Komiyama, ex-gerente de obras viárias da Agesul; e Evaldo Furrer Matos, proprietário de fazenda.

A operação cumpriu, ao todo, 15 mandados de prisão temporária. Na 3ª Delegacia de Polícia Civil, na Capital, também são mantidas detidas Ana Cristina Pereira da Silva, ex-esposa de André Luiz Cance; as filhas de João Amorim, Ana Paula Amorim Dolzan, Ana Lúcia Amorim e Renata Amorim Agnoletto; Elza Cristina Araújo dos Santos; secretária e sócia do empreiteiro; Mariane Mariano de Oliveira, filha de Beto Mariano e que tem fazenda em Rio Negro, onde houve investigação da Polícia Federal; e Maria Wilma Casanova, ex-diretora presidente da Agesul.