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Política
17/08/2020 16:23:00
Para comércio livre entre países, Nelsinho tenta acordo entre Mercosul e Líbano

Midiamax/LD

Para acelerar o fechamento de um acordo que garante o comércio livre entre o Mercosul e o Líbano, o senador sul-mato-grossense Nelsinho Trad (PSD) deve atuar junto com o Governo Federal. Recentemente o parlamentar, que é presidente da CRE (Comissão de Relações Exteriores) do Senado, participou de uma comitiva até o país libanês.

Em 4 de agosto a capital do Líbano, Beirute, sofreu uma forte explosão. De acordo com o governador de capital libanesa, Marwan Abboud, a tragédia que atingiu um porto matou pelo menos 220 pessoas. Assim, outras 110 ainda estão desaparecidas e mais de sete mil pessoas foram feridas.

Então, após o acontecimento, a comitiva brasileira, chefiada pelo ex-presidente da República, Michel Temer, se reuniu com as autoridades libanesas. Estiveram nas reuniões o presidente libanês, Michel Aoun, e com o primeiro-ministro interino, Hassan Diab.

Assim, de acordo com Nelsinho, a principal pauta apresentada pelo Líbano foi o interesse em fechar um acordo com o Mercosul. Em entrevista à Agência Senado, o parlamentar afirmou que as autoridades pediram “para que atuemos junto a nosso governo, dinamizando as negociações tentando fechar o acordo”.

Segundo o senador de MS, o assunto já havia sido abordado com com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araujo. “Quero me encontrar novamente com ele e levar o pleito do governo libanês, e também falar sobre isso com o presidente Jair Bolsonaro”, afirmou Nelsinho à Agência Senado.

Realidades do Líbano A comitiva e missão humanitária brasileira entregou seis toneladas de medicamentos, equipamentos de saúde e alimentos ao Líbano. Além disto, mais quatro toneladas de arroz estão sendo enviadas por via marítima. Outras 20 toneladas de medicamentos e alimentos serão enviados ao país, pela comunidade libanesa no Brasil.

O senador Nelsinho Trad lembrou que o Líbano já passava por uma série de protestos sociais contra a classe política, antes da pandemia. Para ele, é perceptível que os protestos ganharam ainda mais força após a tragédia de 4 de agosto. “Uma parcela expressiva da sociedade libanesa se organiza e visa derrubar todo o governo. Entende que não tem mais credibilidade para governar”, destacou.

Além das vítimas, o parlamentar disse que a explosão deixou vestígios na região da cidade libanesa, como a falta de energia. “Apesar de vários prédios terem perdido janelas e até paredes, muitas pessoas continuam morando ali, porque não têm outra opção”, lamentou.