Política
21/11/2012 09:00:00
Paralisação de auditores fiscais deixa 250 caminhões parados na fronteira do Brasil com o Paraguai
A paralisação faz parte do movimento nacional da categoria por aumento de salário, que teve início há cinco meses.
Agência Brasil/HJ
\n \n Cerca\n de 250 caminhões estão na fronteira do Brasil com o Paraguai, devido à\n paralisação dos auditores fiscais da Receita Federal, que começou segunda-feira\n (19) nos portos de Guaíra e Mundo Novo, no Paraná.
A paralisação faz parte do\n movimento nacional da categoria por aumento de salário, que teve início há\n cinco meses.\n \n De\n acordo com o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de\n Guaíra, os motoristas continuam chegando, mas o acesso aos locais é dificultado\n pelos veículos estacionados. Os caminhões estão carregados de trigo, soja,\n milho e fécula de mandioca, que embora sejam alimentos perecíveis, devem chegar\n ao destino com qualidade inferior à que deixaram o silo.\n \n Sem\n opção, alguns caminhoneiros estão hospedados nas cidades próximas e outros\n dormem no próprio veículo. Pompeu Rosa Filho, de 57 anos, leva 16,5 toneladas\n de milho do Paraguai para Goiás. Ele está há oito dias na fronteira. "A\n gente não consegue trabalhar. A carga já está atrasada e o que podemos fazer?\n Saímos no prejuízo, vivemos disso e temos contas para pagar".\n \n Emanuel\n Henrique do Carmo, representante do Sinditac de Guaíra, diz que há cerca de\n quatro meses os caminhoneiros enfrentam atrasos pela operação padrão dos\n auditores fiscais. "Estamos preocupados com novas paralisações. Temos tido\n muito prejuízo, o caminhoneiro tem que arcar com alimentação, hospedagem, tudo\n do próprio bolso".nbsp;\n \n O\n movimento dos auditores fiscais começou em 18 de junho deste ano pelo aumento\n de 30,18% do salário, ajuste que repõe as perdas inflacionárias desde o último\n acordo, em 2010. Os auditores realizam operação padrão nas aduanas e operação\n crédito zero, na parte administrativa da Receita Federal. A paralisação do\n Paraná faz parte da Operação Desembaraço Zero, que vai até sexta-feira (23).\n \n De\n acordo com o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal\n de Foz do Iguaçu (PR), Diego Augusto de Sá, o movimento continua até que haja\n negociação, mas "temos controlado para que não se torne penoso para os\n transportadores".\n \n O\n governo propôs um ajuste de 15,8% a ser pago ao longo dos próximos três anos,\n mas a proposta foi recusada pela categoria. Se não houver acordo, uma nova\n paralisação deve ocorrer entre os dias 10 e 14 de dezembro.nbsp;\n \n \n \n \n
A paralisação faz parte do\n movimento nacional da categoria por aumento de salário, que teve início há\n cinco meses.\n \n De\n acordo com o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de\n Guaíra, os motoristas continuam chegando, mas o acesso aos locais é dificultado\n pelos veículos estacionados. Os caminhões estão carregados de trigo, soja,\n milho e fécula de mandioca, que embora sejam alimentos perecíveis, devem chegar\n ao destino com qualidade inferior à que deixaram o silo.\n \n Sem\n opção, alguns caminhoneiros estão hospedados nas cidades próximas e outros\n dormem no próprio veículo. Pompeu Rosa Filho, de 57 anos, leva 16,5 toneladas\n de milho do Paraguai para Goiás. Ele está há oito dias na fronteira. "A\n gente não consegue trabalhar. A carga já está atrasada e o que podemos fazer?\n Saímos no prejuízo, vivemos disso e temos contas para pagar".\n \n Emanuel\n Henrique do Carmo, representante do Sinditac de Guaíra, diz que há cerca de\n quatro meses os caminhoneiros enfrentam atrasos pela operação padrão dos\n auditores fiscais. "Estamos preocupados com novas paralisações. Temos tido\n muito prejuízo, o caminhoneiro tem que arcar com alimentação, hospedagem, tudo\n do próprio bolso".nbsp;\n \n O\n movimento dos auditores fiscais começou em 18 de junho deste ano pelo aumento\n de 30,18% do salário, ajuste que repõe as perdas inflacionárias desde o último\n acordo, em 2010. Os auditores realizam operação padrão nas aduanas e operação\n crédito zero, na parte administrativa da Receita Federal. A paralisação do\n Paraná faz parte da Operação Desembaraço Zero, que vai até sexta-feira (23).\n \n De\n acordo com o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal\n de Foz do Iguaçu (PR), Diego Augusto de Sá, o movimento continua até que haja\n negociação, mas "temos controlado para que não se torne penoso para os\n transportadores".\n \n O\n governo propôs um ajuste de 15,8% a ser pago ao longo dos próximos três anos,\n mas a proposta foi recusada pela categoria. Se não houver acordo, uma nova\n paralisação deve ocorrer entre os dias 10 e 14 de dezembro.nbsp;\n \n \n \n \n