G1/PCS
O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato deverá ser entregue às autoridades brasileiras já na próxima quarta-feira (7), provavelmente no aeroporto de Milão, para embarcar em um voo em direção ao Brasil. A extradição do ex-dirigente do banco público colocará fim a uma longa novela jurídica envolvendo Brasil e Itália.
Condenado no processo do mensalão do PT por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, Pizzolato fugiu para a Itália em 2013, usando documentos de um irmão morto, para escapar da prisão. Desde então, o governo e o Ministério Público do Brasil protagonizam uma batalha jurídica para tentar extraditá-lo.
No dia 22 de setembro, o Conselho de Estado da Itália, última instância da justiça administrativa do país europeu, autorizou a extradição do ex-dirigente do Banco do Brasil.
Em tese, a defesa de Pizzolato ainda poderia apresentar um recurso à Corte Europeia de Direitos Humanos, sediada na França, o que poderia paralisar novamente o processo de extradição, hipótese considerada remota pela Procuradoria Geral da República.
Ao retornar ao Brasil, Pizzolato será encaminhado para cumprir pena em regime fechado no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Posteriormente, ele poderá requisitar transferência para dois presídios de Santa Catarina, caso queira ficar próximo de familiares.
Todas as unidades foram inspecionadas pelas autoridades brasileiras de modo a garantir à Itália que Pizzolato, que também é cidadão italiano, não sofrerá qualquer tipo de dano físico e moral.
O tempo que ele ficou detido na Itália será descontado da pena de 12 anos e 7 meses de prisão. Com isso, informaram integrantes da Procuradoria Geral da República, o ex-diretor do BB poderá solicitar a progressão para o regime semiaberto a partir de junho de 2016.