Política
11/03/2014 09:00:00
PMDB da Câmara quer rever aliança com PT e anuncia "independência"
Deputados querem convenção nacional para decidir sobre rompimento. Reforma ministerial e alianças para eleição motivam crise política.
G1/PCS
Ao lado do líder Eduardo Cunha (RJ), deputado Fábio Trad (MS) lê nota em que bancada do PMDB na Câmara declara posição de
\n O documento aprovado pelos deputados peemedebistas diz que a bancada\n "reafirma sua intenção de se conduzir com independência, visando o melhor\n entendimento sobre as matérias, de acordo com a posição da maioria em cada\n votação.\n \n Com essa declaração aprovada pelos deputados, o PMDB deixa claro que não\n apoiará necessariamente projetos de interesse do governo. Em um primeiro sinal\n de independência, o partido decidiu apoiar a aprovação de convocações e\n convites para que ministros e autoridades do governo federal prestem\n explicações na Câmara.\n \n De acordo com Cunha, o PMDB entrou em acordo para aprovar convite à\n presidente da Petrobras, Graça Foster, para que fale de denúncias de propina\n envolvendo a estatal.\n \n O peemedebista afirmou ainda que apoiará a convocação do ministro da Saúde,\n Arthur Chioro, para que preste esclarecimentos sobre o programa Mais Médicos e\n o regime de contratação de médicos cubanos.\n \n Apoio a Cunha
\n No documento aprovado pela bancada, os peemedebistas também declararam apoio ao\n líder do PMDB e destacaram que Cunha é o único interlocutor da bancada\n federal.\n \n A relação tumultuada entre Cunha e o governo federal está na raiz da crise\n entre o Executivo e a base aliada no governo Dilma. Nesta segunda, a presidente\n se reuniu com lideranças do partido no Palácio do Planalto, entre as quais o\n líder da bancada do Senado e os presidentes da Câmara e do Senado, mas não\n convidou Cunha. A atitude foi interpretada como uma tentativa de isolar o líder\n peemedebista.\n \n A bancada decidiu aprovar moção denbsp; apoio e irrestrita solidariedade\n ao líder reeleito Eduardo Cunha, vítima de agressões despropositadas do PT que,\n em verdade, atingiram frontalmente a bancada e o próprio PMDB, já que as\n posições externadas pelo líder refletem a posição da bancada, diz a nota da\n bancada.\n \n A moção de apoio aprovada diznbsp; ainda que a unidade da legenda incomoda\n forças políticas com projeto hegemônico de poder. A harmonia e coesão da\n nossa bancada, ao tempo que incomodam outras forças políticas que flertam com\n um projeto hegemônico, tem tributado ao nosso líder Eduardo Cunha ataques e\n agressões que extrapolam o patamar da civilidade em qualquer das relações e,\n particularmente, nas relações políticas onde o respeito e a cordialidade são\n fundamentais e imprescindíveis à democracia, diz o texto.\n \n Mais cedo nesta terça, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique\n Eduardo Alves (PMDB-RN), também saiu em defesa de Eduardo Cunha, dizendo\n considerar impossível que o líder do PMDB seja excluído. É impossível isolar\n um líder de uma bancada de 76 deputados federais. Podem ter dificuldades, que\n fazem parte do jogo\n \n É claro que existe crise
\n Em entrevista à imprensa após a reunião com a bancada, Eduardo Cunha reconheceu\n que existe uma "crise" entre PT e PMDB e destacou que não houve\n tentativa pelo governo de debater a relação entre os dois partidos.\n \n "É claro que existe uma crise e essa relação não foi discutida. Pelo\n contrário. Sempre tentaram nos colocar como interessados em cargos. Nós\n queremos nos desfazer de cargos", disse.\n \n Cunha afirmou ainda que se a presidente Dilma quiser ouvir o PMDB, terá que\n "conversar com a bancada" do partido na Câmara.nbsp; Para Cunha, o\n PT tem um projeto hegemônico de poder e exclui partidos aliados.\n \n "Há uma insatisfação generalizada com um processo hegemônico feito pelo\n Partido dos Trabalhadores, que tem prejudicado partidos aliados", afirmou.\n \n \n