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Luis Alberto Arce, presidente da Bolívia, que faz fronteira com o Brasil por Mato Grosso do Sul, denunciou um possível golpe militar no país.
Nas redes sociais, o presidente denunciou mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército boliviano e pediu respeito à democracia.
O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, que renunciou ao cargo em 2019, em meio a protestos que o acusavam de fraudar as eleições, também afirmou que há um golpe em curso e pediu a mobilização da população.
No X, antigo Twitter, ele fez várias postagens. Em uma delas, ele afirmou que desde o início da tarde, comandantes estariam instruindo seus militares a retornarem aos quartéis e aguardar novoas instruções. Ele diz ainda que "isto levanta muitas suspeitas sobre o movimento militar na Bolívia".
Horas depois, ele voltou a postar afirmando que "um golpe de Estado está se formando".
Ainda segundo Evo Morales, as Forças Armadas e tanques tomaram a Plaza Murillo. Uma reunião teria sido convocada no Estado-Maior do Exército, em Miraflores.
Por fim, o ex-presidente convocou a população boliviana a se mobilizar para defender a democracia do golpe de estado.
O Correio do Estado entrou em contato com o cônsul boliviano, que respondeu que não poderia atender no momento devido a "crise".