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Presidente estadual do PSDB em Mato Grosso do Sul, Marcio Monteiro disse nesta quinta-feira (18) que não teme retaliações eleitorais ao projeto político tucano no Estado, em função das denúncias de tentativa de obstrução à Justiça por parte do presidente nacional da sigla. “O PSDB não é Aécio Neves”, declarou em entrevista ao Campo Grande News.
De acordo com ele, os trechos das delações dos proprietários da JBS, Joesley e Wesley Batista, divulgados ontem (18), são graves e necessitam aprofundamento. Joesley entregou uma gravação à PGR (Procuradoria Geral da República) na qual o senador Aécio Neves é gravado pedindo ao empresário R$ 2 milhões.
No áudio, com duração de cerca de 30 minutos, o presidente nacional do PSDB justifica o pedido dizendo que precisava da quantia para pagar sua defesa na Lava Jato.
“Precisamos aguardar a divulgação desses áudios, o posicionamento do judiciário pra gente poder junto com o partido ver uma posição oficial, sem deixar de lado a gravidade da denúncia, independente de ser o presidente do meu partido, precisamos aprofundar nessa história”, comentou Marcio Monteiro.
Monteiro defende ainda que todos os partidos são formados por centenas de filiados e que não pode falar pela conduta de todos. “Não podemos responsabilizar 'a' ou 'b' pelos devaneios de um ou de outro. Essa prática [obstrução da Justiça] não é uma ação coordenada do partido”, declarou o presidente estadual do PSDB.