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O projeto do presidente Jair Bolsonaro para facilitar o porte de armas é reprovado por 70% da população e aprovado por 28%, diz pesquisa Datafolha divulgada pela "Folha de S.Paulo" nesta quinta-feira (11). Entre os entrevistados, 2% disseram não saber e 1% se declararam indiferentes.
A pesquisa ouviu 2.086 pessoas com 16 anos ou mais em 130 municípios brasileiros, em 4 e 5 de julho. A margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.
As entrevistas foram feitas pouco mais de uma semana após Bolsonaro revogar decretos sobre armas assinados nos primeiros meses do ano e editar outros três, com conteúdo semelhante. Ele também enviou ao Congresso um projeto sobre o tema.
Veja a seguir recortes da pesquisa sobre o projeto de porte de armas (por conta de arredondamentos, a soma das porcentagens pode ser maior do que 100%):
Por preferência eleitoral
Eleitores de Bolsonaro: 50% são contrários, 47% são favoráveis, 1% são indiferentes e 2% não sabem
Eleitores de Fernando Haddad (PT): 92% são contra o projeto, 7% são a favor e 1% não sabem
Voto branco, nulo ou nenhum: 84% contra, 13% a favor e 3% não sabem
Por sexo
Mulheres: 78% contra, 20% a favor e 2% não sabem
Homens: 61% contra, 37% a favor, 1% indiferentes e 1% não sabem
Por renda familiar mensal
Até dois salários mínimos: 75% contra, 22% a favor, 1% indiferentes e 2% não sabem
Mais de 2 até 5: 67% contra, 31% a favor, 1% indiferentes e 1% não sabem
Mais de 5 até 10: 63% contra, 37% a favor
Mais de 10: 51% contra, 46% a favor e 3% indiferentes
Por cor
Parda: 72% contra, 27% a favor e 1% não sabem
Branca: 63% contra, 33% a favor, 1% indiferentes e 2% não sabem
Preta: 74% contra, 23% a favor e 2% não sabem
Amarela: 70% contra, 29% a favor e 1% indiferentes
Indígena: 82% contra, 16% a favor e 2% não sabem
Posse de armas
O Datafolha também questionou os brasileiros sobre a posse de armas. Ao todo, 66% disseram concordar com a frase "a posse de armas deve ser proibida, pois representa ameaça à vida de outras pessoas". Em abril, 64% concordavam com isso.
Sobre a sentença "possuir uma arma legalizada deveria ser um direito do cidadão para se defender", a concordância caiu de 34% para 31% entre abril e julho.