Sheila Forato
Na sessão desta terça-feira (14), realizada de forma itinerante no bairro Piracema, o vereador Ângelo Gari (PP) pediu que os colegas votem a favor da Comissão Processante para investigar se ele quebrou o decoro parlamentar. “Quem não deve não treme”, afirmou.
Antes, o vereador tentou desqualificar o denunciante, mas, nenhum dos fatos alegados o impede de fazer denúncias, tampouco invalida a feita contra Ângelo Gari.
Ele é acusado de receber salário da Prefeitura de Coxim sem trabalhar, desde que assumiu uma cadeira da Câmara de Coxim, em janeiro de 2021.
Além da Casa de Leis, a denúncia também foi encaminhada ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul. O vereador em questão é concursando como servente e estava lotado na Defesa Civil. Em maio foi afastado por meio de decreto.
Na segunda-feira (13) os parlamentares chegaram a se reunir de forma extraordinária para votar a abertura de investigação, porém, adiaram a decisão, que deve acontecer nos próximos dias.
Ser eleitor é uma das condições para efetuar denúncias. Como o denunciante anexou uma cópia do título eleitoral emitido em 2000, a maioria dos parlamentares entendeu que ele deveria apresentar a certidão de quitação eleitoral comprovando que está em dia com suas obrigações. Para tanto, foi aberto prazo de cinco dias.
Em seguida, os vereadores devem voltar s se reunir para decidir se abrem a investigação por meio de Comissão Processante.