Midiamax/PCS
A paralisação de 96 horas, como um indicativo de greve dos agentes penitenciários estaduais, não assustou o governo, que encarou como uma ‘ação padrão’ dos servidores. “Não é greve é operação padrão. Se não adota padrão no dia a dia, é bom fazer padrão por quatro ou cinco dias”, ironizou o secretário estadual de justiça e segurança pública, Silvio Maluf. Segundo ele, o governo já tomou as medidas que poderia para evitar a paralisação.
Maluf falou ao Jornal Midiamax na manhã desta segunda-feira (21) durante cerimônia de entrega de viaturas do Batalhão de Choque da Polícia Militar, e informou que já encaminhou à Assembleia Legislativa projeto de concurso para ampliar o número de agentes penitenciários do Estado, uma das reivindicações do Sinsap/MS (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul).
Maluf também afirmou que já determinou a criação de um ‘grupo de intervenção interna’, da corregedoria da Agepen e que com a conclusão do concurso o número de servidores em questão aumentará dos atuais 1,3 mil para 4,2 mil.
Paralisação
Os agentes penitenciários requisitam do governo melhores condições de trabalho, reorganização da carreira, materiais novos que garantam segurança no exercício da função, aposentadoria especial (cedida aos demais servidores da segurança pública), além de contratações por meio de concurso público e segurança aos trabalhadores.
De acordo com informações do Sindicato, a categoria conta com 1.380 agentes penitenciários, responsáveis por 14.634 detentos. “O ideal seria um agente para cada cinco detentos. Estamos trabalhando com a média de um agente para 60 detentos”, afirma André Luis Santiago, presidente do Sinsap.
Os agentes penitenciários que recebem inicialmente R$ 2.940 solicitam que o salário seja equiparado à remuneração paga aos policiais civis, que ganham R$ 3.557,00 no início de carreira.