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O deputado Antônio Carlos Biffi (PT) está articulando para tentar chegar à presidência do PT. Ele não conseguiu a reeleição em outubro e agora, sem mandato, garante que não pretende acumular funções, caso seja escolhido presidente do partido.
O PT tenta recuperar vários cargos do Governo Federal em Mato Grosso do Sul que, segundo eles, é ocupado por pessoas que foram infieis a Delcídio do Amaral (PT) e a presidente Dilma Rousseff (PT). Porém, caso assuma a presidência, Biffi não pretende acumular funções.
“Faz uma coisa ou faz a outra”, afirmou. O deputado também não tem esperança de ser indicado para cargo federal, diante da demora para a decisão da presidente. “Cargo federal está igual lenha verde: muita fumaça e pouco fogo”, avaliou.
Embora trabalhe pela presidência, Biffi terá dificuldade para convencer a ala mais radical do partido. Isso porque ele tem uma visão um pouco mais moderna, o que difere de lideranças mais tradicionais. Recentemente, por exemplo, ele avaliou que o PT poderia ter ganho a eleição se tivesse feito aliança com o PMDB, o que para alguns petistas é inviável.
A declaração de Biffi opõe-se, por exemplo, a uma das maiores lideranças do PT, o agora deputado federal eleito, Zeca do PT. O ex-governador, ao contrário de Biffi, entende que o partido perdeu o governo porque poupou o adversário maior, André Puccinelli (PMDB), o que deixou Reinaldo Azambuja (PSDB) praticamente sozinho na condição de oposição.
A presidência do PT estará vaga a partir de fevereiro, quando Paulo Duarte deixa o cargo para, segundo ele, cuidar da prefeitura de Corumbá. Porém, dentro do partido, há quem atribua a saída ao cansaço frente à eterna queda de braço entre lideranças petistas, protagonizada por Delcídio e Zeca.