Correio do Estado/PCS
Os três senadores de Mato grosso do Sul votaram contra os trabalhadores, nesta semana, ao se posicionarem a favor da redução dos direitos sociais e trabalhistas das Medidas Provisórias (MPs) 665/2014 e 664/2014 — votadas nos últimos dias 26 e 27.
Líder do governo de Dilma Rousseff (PT), o senador Delcídio do Amaral foi o principal articulista da matéria que reduziu os direitos dos trabalhadores. Além dele, foram favoráveis os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet (ambos do PMDB).
Em defesa da matéria e como principal articulador do governo, o senador do PT afirmou em plenário: “São disfunções que já deveriam ter sido eliminadas muito antes, lá atrás, para não desperdiçar o dinheiro arrecadado de toda a população brasileira”.
A MP 665 promove mudanças no acesso de trabalhadores a benefícios como seguro-desemprego, abono salarial e seguro-defeso. A outra define novas regras para concessão de pensão por morte e auxílio-doença.
Durante o debate sobre a MP 664, que foi apreciada na noite de quarta-feira, Delcídio afirmou que “depois de um dia importante, ontem, quando votamos a Medida Provisória 665, mostrando esse trabalho todo que o Congresso tem desenvolvido e ciente, principalmente, da importância dessas medidas para a economia brasileira – e hoje a Medida Provisória 664. Eu gostaria, Sr. Presidente, só de fazer um registro. É uma medida provisória importante, como também a 665 que aprovamos ontem. Quero aqui registrar que são medidas provisórias principalmente voltadas para eliminar disfunções”.
Em seguida, o parlamentar sul-mato-grossense destacou que “sem dúvida nenhuma, essas duas medidas provisórias que falam de ajustes e cortes, ou de perda de direitos dos trabalhadores, eu, pessoalmente, não concordo com isso, porque efetivamente nós estamos eliminando disfunções. São disfunções que já deveriam ter sido eliminadas muito antes, lá atrás, para não desperdiçar o dinheiro arrecadado de toda a população brasileira”.