\n \n Senadores\n de Mato Grosso do Sul foram favoráveis a cassação de Demóstenes Torres (sem\n partido) nesta quarta-feira. O placar da votação foi de 56 a 19 e cinco abstenções.\n \n O\n voto no procedimento no Senado foi secreto, contudo, Waldemir Moka (PMDB) e\n Antônio Russo (PR) foram favoráveis.\n \n Delcídio\n do Amaral (PT) já havia declarado que também votariam “sim” no caso. Com a\n decisão, Demóstenes fica inelegível até 31 de janeiro de 2027. No seu lugar\n assume o empresário Wilder Pedro de Morais (DEM-GO). Esta é a segunda vez que\n os senadores cassam o mandato de um colega.\n \n “Fui\n perseguido feito um cão sarnento. Fui investigado como ninguém foi no Brasil.\n Dia e noite. E não apareceu nada. Aí começaram a inventar”, afirmou Demóstenes,\n segundo informações do site Congresso em Foco, acrescentando que a imprensa lhe\n deve um “pedido de desculpas”.\n \n Eram\n necessários 41 votos para cassar o mandato do senador, acusado de ter mentido\n aos colegas sobre sua relação com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos\n Cachoeira.\n \n Delta\n \n Um\n dos desdobramentos da CPI do Cachoeira foi a quebra do sigilo bancário, fiscal\n e telefônico da Construtora Delta, acusada de irrigar o esquema do\n contraventor. Em Mato\n Grosso do Sul, nos últimos anos, a Delta firmou contratos de\n R$ 164 milhões com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de\n Transportes).\n \n Conforme\n relatório divulgado pela CGU (Controladoria-Geral da União), as obras são nas\n rodovias 158, 262, 267, 163. Já o governo do Estado teve dois contratos com a\n empresa, no valor de R$ 51 milhões.\n \n A\n Construtora Delta ainda recebeu R$ 27,8 milhões de emendas parlamentares de\n políticos do Estado. O valor corresponde a 48 emendas que a União empenhou para\n as obras, tocadas pelo Dnit. No mês passado, a Delta Construções foi confirmada\n como vencedora da licitação para obras na BR-163, no valor de R$ 30 milhões.