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Política
10/02/2015 10:56:00
STJ dá habeas corpus a ex-vereador acusado de corrupção

CGNews/LD

Apontado como o chefe do esquema de corrupção montado na Câmara de Naviraí, o ex-presidente do Legislativo Cícero dos Santos, o Cicinho do PT, deve sair da prisão até o final da tarde. Ele conseguiu um habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça), concedido pelo ministro Sebastião Reis Junior, após três tentativas frustradas no TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Expulso do Partido dos Trabalhadores em dezembro de 2014, dois meses depois de ser preso pela Operação Atenas, da Polícia Federal, Cicinho está recolhido no presídio de segurança máxima de Naviraí. O Campo Grande News apurou nesta manhã que a direção do presídio já foi informada sobre o habeas corpus, mas o alvará de soltura ainda não chegou, o que deve ocorrer até o fim da tarde de hoje.

Cícero dos Santos foi preso no dia 8 de outubro junto com outros quatro vereadores da cidade, três assessores da Câmara, um empresário e a mulher dele, a comerciante Mainara Géssika Malinski. Ele é o único que continuava na penitenciária. Os demais conseguiram liberdade provisória ou estão em prisão domiciliar.

No dia 13 de janeiro, Cícero dos Santos foi cassado pela Câmara acusado de quebra de decoro. No mesmo dia foram cassados os ex-vereador Adriano José Silvério e Carlos Alberto Sanches, o Carlão. Marcus Douglas Miranda renunciou durante a sessão de julgamento e Solange Melo já tinha renunciado no dia 7 de novembro, quando ainda estava presa.

Denunciado pelo Ministério Público por organização criminosa, corrupção passiva, peculato, fraude em licitação e lavagem de dinheiro, Cícero dos Santos se tornou réu em outros cinco processos – dois por improbidade administrativa, coação no curso do processo, tráfico de influência e ameaça.

Durante as investigações da Polícia Federal, Cícero dos Santos foi gravado conversando com outros vereadores e assessores sobre o esquema de corrupção. Em uma das conversas ele chegou a dizer que tinha mesmo que “roubar” o dinheiro público e que o povo “tinha que se f...”.