EC/PCS
Em um evento no Palácio do Planalto nesta terça-feira, 12, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), brincou durante discurso feito depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedir que ele falasse em seu lugar. "Acho que o presidente Lula me escolheu porque estou levando o maior cheque. Deve ser por isso, presidente", afirmou o chefe do Poder Executivo paulista, ao saber que o Estado receberá R$ 10 bilhões para obras.
Na linha com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a prioridade paulista é a execução de obras de infraestrutura ferroviária. A promessa é de investimento de R$ 6,4 bilhões na implantação e na operação de trem de média velocidade ligando São Paulo a Campinas, com 101 km de extensão. Outros R$ 3,6 bilhões devem ser empregados na aquisição de 44 trens, no âmbito do projeto de extensão da Linha 2, que será prolongada por 8,2 km e ganhará oito novas estações até a estação Penha.
"De fato, a gente fica muito satisfeito de ver esse projetos viabilizados. O PAC é um instrumento para isso. Projetos importantes para todos os Estados aqui presentes. Projetos que vão gerar comprar de material de construção, vão movimentar o comércio, vão movimentar indústria, vão gerar empregos", disse Tarcísio.
Desde a campanha eleitoral de 2022, Tarcísio falava da ligação ferroviária entre São Paulo e Campinas que, segundo ele, deve começar as obras. "É um projeto muito antigo e agora está sendo viabilizado. Já está em fase de leilão marcado para fevereiro (de 2024). Nós vamos ter o primeiro trem de velocidade média do Brasil interligando essas duas metrópoles e estimula outras cidades buscarem o mesmo caminho", afirmou Tarcísio, que disse esperar leilão para linha férrea entre Sorocaba e São Paulo para 2025.
Sem estipular data, Tarcísio falou de ampliar o Metrô para Grande São Paulo. "Linha 2 do Metrô vai chegar a Guarulhos. A ideia que a gente possa levar o Metrô para Taboão da Serra, para o ABC (São Bernardo do Campo e Santo André). Isso significa tempo de viagem economizado", disse.
O presidente Lula defendeu união dos entes federativos ao afirmar que "prefeitos não são bandidos, governadores não são bandidos" e podem solicitar empréstimos aos bancos. "É para isso que existem bancos públicos: para fazer aquilo que muitas vezes a iniciativa privada não quer fazer. A orientação é essa: prefeito não é bandido, governador não é bandido. Se ele estiver com as contas em dia, tem direito de ir ao banco, pedir financiamento e o banco financiar", afirmou Lula.