Agência Brasil/LD
O presidente Michel Temer viaja amanhã (20) para Mendoza, na Argentina, onde participa da 50ª Reunião do Conselho do Mercado Comum e Cúpula do Mercosul e Estados Associados. Temer embarcará no fim da tarde desta quinta-feira (20) depois de encerrar sua agenda e volta na sexta-feira (21).
Após a Cúpula de Mendoza, o Brasil deve assumir a presidência pro tempore do Mercosul. Segundo o Itamaraty, o país quer continuar o trabalho realizado pela Argentina, que presidiu o bloco no primeiro semestre deste ano e eliminou diversas barreiras comerciais entre os países que compõem grupo.
O Brasil tentará também concluir os acordos de cooperação entre Mercosul e União Europeia, o Canadá e alguns países da Ásia, como Japão, Coréia do Sul e Índia, entre outros blocos internacionais. A situação da Venezuela também deve ser discutida durante a Cúpula.
Agenda
A viagem à Argentina ocorre em meio a uma agenda intensa da presidência para reforçar o apoio dos partidos da base aliada. Nas últimas semanas, Temer e seus ministros mais próximos têm recebido diversos parlamentares para manter a base alinhada no sentido de impedir o avanço na Justiça da denúncia por corrupção passiva apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra Temer.
Pela manhã, o presidente recebeu, no Palácio do Planalto, o vice-líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM), o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) e o prefeito de Goiânia, Íris Rezende, considerado o maior líder do PMDB em Goiás.
Segundo a assessoria do prefeito, ele foi convidado por Temer para uma visita “pessoal” na qual deve “reafirmar” o apoio ao presidente em meio à crise política. Em troca, Íris pleiteia recursos para tocar projetos de infraestrutura, pavimentação e moradia na capital goiana.
Ainda hoje devem comparecer ao Palácio o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, também do PMDB e parlamentares de outros partidos, como o PSB, Podemos e PSL.
Antes da viagem, Temer deve sancionar o projeto que libera recursos para emissão de passaportes. A autorização de crédito extra de R$ 102 milhões para o Ministério da Justiça foi aprovada semana passada pelo Congresso Nacional.