Agência Brasil/PCS
O bloqueio temporário de 72 horas do WhatsApp no Brasil foi criticado na madrugada desta terça-feira pelo CEO e cofundador do serviço de mensagens, Jan Koum, em sua conta no Facebook.
A suspensão do serviço no país foi determinada nesta segunda-feira pelo juiz Marcel Maia Montalvão, da comarca de Lagarto, em Sergipe, e mantida nesta terça-feira pelo desembargador Cezário Siqueira Neto, que negou o recurso da empresa.
O executivo ucraniano de 40 anos endossa a nota oficial divulgada pela empresa ao dizer que não é possível fornecer os dados requeridos pelo judiciário, que exige a quebra do sigilo de mensagens do aplicativo para auxiliar na investigação de um crime ligado a tráfico de drogas na cidade de Lagarto. "Mais uma vez milhões de brasileiros inocentes estão sendo punidos porque um tribunal quer que o WhatsApp entregue informações que nós repetidamente dissemos que não temos", disse Koum.
Ele explicou que o aplicativo faz a criptografia das mensagens para manter as informações dos usuários seguras. "Quando você manda uma mensagem criptografada, ninguém mais pode ler - nem mesmo nós", alegou Koum, que também afirmou que o WhatsApp não guarda os históricos das conversas em seus servidores para, assim, manter intacta a privacidade dos usuários.
O CEO garantiu que a empresa está trabalhando para reativar o serviço o mais rápido possível e ratificou que o WhatsApp não tem intenção de comprometer a segurança dos usuários. Na outra ocasião em que o serviço foi bloqueado no Brasil, em dezembro do ano passado, ele também se pronunciou com críticas à decisão da justiça brasileira.