VERSÃO DE IMPRESSÃO
Tecnologia
04/06/2012 09:00:00
Explosão de pequenas empresas na internet cria outro negócio: os sites que agregam lojas virtuais
Ferramentas que agregam sites de e-commerce de todo o País proporcionam aumento de vendas e dão visibilidade nacional à empresas

Estadão/PCS

Mariana Ribeiro (direita) e Bárbara Guimarães criaram a plataforma I Love com foco no público femini (Foto: Andre Lessa)
\n \n A intensa proliferação de sites de comércio eletrônico tem gerado\n oportunidades para a criação de novos negócios. As amigas Mariana Villela\n Ribeiro e Bárbara Jalles Guimarães, por exemplo, criaram o portal agregador I\n Love, para reunir em uma só plataforma lojas virtuais de diversos segmentos,\n com foco no público feminino das classes A e B. \n \n “Eu e minha sócia adoramos comprar pela internet, mas conversando com amigas\n percebemos que elas não compravam porque não sabiam por onde começar e nem\n quais eram os sites seguros e com produtos legais”, diz Mariana. Para orientar\n e facilitar as compras virtuais do público feminino, as amigas desenvolveram o\n agregador. \n \n A ferramenta foi lançada há um mês e já recebeu 300 mil visitas, com tempo\n de permanência médio de 10 minutos. “Alguns parceiros afirmaram que nunca\n haviam obtido tanto retorno com a divulgação como agora. Não esperávamos gerar\n faturamento em tão pouco tempo.” \n \n A plataforma adota o modelo custo por clique (CPC). Assim, quando o usuário\n clica numa oferta é redirecionado para a página de compra do site que está\n vendendo o produto. O I Love recebe um determinado valor a cada clique.\n \n “Nós conseguimos reunir no mesmo ambiente grandes empresas, como Saraiva e\n Daslu, e parceiros como a Rocco Flores, que mesmo sendo de pequeno porte produz\n arranjos incríveis.” Segundo Marina, desde o lançamento, ela já foi procurada\n por mais de 100 sites interessados em fazer parte do I Love.\n \n “Mas somente uns 15 trabalham com produtos voltados ao segmento que queremos\n atingir”, conta. \n \n Com proposta diferente, o agregador Fisgo foi desenvolvido pelos sócios\n Frederico Alves e Hélio Lemos para agrupar anúncios classificados de imóveis,\n carros, motos, caminhões e veículos náuticos. \n \n “Com essa ferramenta, ajudamos o público a pesquisar e a comparar de forma\n rápida preços de ofertas que estão em vários sites”, diz Alves. \n \n A plataforma está no ar desde agosto de 2010 e reúne 290 sites de\n classificados de várias partes do País, com estimativa de chegar a 500 até o\n final do ano. “Temos parceiros até de Belém do Pará, porque não queremos\n trabalhar só com os grandes.” O Fisgo também adota o modelo CPC. “Quando o\n usuário clica numa oferta, cobramos alguns centavos do site de origem.” \n \n Alves diz trabalhar com um plano que cabe no orçamento de qualquer empresa.\n “O site define o teto máximo que quer gastar. Isso torna a ferramenta flexível\n para pequenos e grandes players.” Atualmente, a plataforma recebe 4 milhões de\n acessos por mês, segundo ele.\n \n Complementando os serviços do Fisgo, o empresário prevê lançar ainda neste\n mês outra ferramenta, que deverá comercializar estoques de concessionárias e\n imobiliárias que não são anunciados em classificados.\n \n Mais serviços
\n Já a plataforma Oferta Única é mais sofisticada do que os agregadores. Além de\n agrupar sites de compra coletiva, também oferece serviços de criação,\n desenvolvimento e gerenciamento dos participantes.\n \n “Nós cuidamos, entre outras coisas, do Serviço de Atendimento ao Cliente\n (SAC) e da parte financeira. Cabe aos sites administrar o marketing e o\n comercial, considerados estratégicos”, diz Antonio Mouallem, um dos sócios do\n Oferta Única.\n \n Segundo ele, a adesão à plataforma dá visibilidade nacional aos pequenos\n sites de compra coletiva. “Isso ocorre porque suas ofertas passam a ser\n anunciadas nos demais sites da rede. Dessa forma, as vendas aumentam e a\n receita também, porque ganham comissão ao vender promoções de outros sites.” \n \n Rede hoteleira
\n Segundo o empresário, pousadas e hotéis são produtos que estão tendo ótimo\n desempenho com vendas em rede nacional.\n \n A adesão à rede não tem custo e a renda da plataforma vem da cobrança de\n comissão sobre as vendas. Mas para ingressar na plataforma é preciso solicitar\n a visita de um representante do Oferta Única, que fará avaliação da estrutura\n do site. \n \n “Estamos no ar desde agosto do ano passado e já reunimos 27 sites, com\n atuação em 62 cidades. Nossa meta é de atingir 150 cidades e reunir cem sites\n até o final do ano”, diz Mouallen. \n \n Para alcançar esse objetivo, a plataforma tem quatro consultores viajando\n pelo Brasil. “Eles estão prospectando os sites locais para apresentar nossa\n proposta e a receptividade está sendo muito boa”, afirma.\n \n O empresário tem como meta consolidar a terceira posição no mercado de\n compras coletivas. “Hoje, vendemos 100 mil cupons por mês e devemos chegar a\n 250 mil até o final do ano.” O líder de vendas é o Peixe Urbano, que\n comercializa 700 mil cupons por mês, seguido pelo Groupon, que mensalmente\n vende 400 mil cupons.