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Desse jeito, Mark Zuckerberg vai pedir música no Fantástico. O gigante das redes sociais foi atingido, em apenas um dia, por três processos de investigação sobre suas práticas de privacidade.
Primeiro veio uma investigação das autoridades irlandesas de proteção de dados que detectaram a quebra de “centenas de milhões” de senhas de usuários do Facebook e Instagram armazenadas em seus servidores. A empresa será enquadrada sob a lei europeia de proteção de dados (GDPR), o que poderia levar a multas de até 4% de sua receita anual global para o ano infrator — o que daria alguns bilhões de reais.
O segundo processo veio do Canadá, onde as autoridades confirmaram que a gigante das redes sociais quebrou suas rígidas leis de privacidade. O Gabinete do Comissário de Privacidade do Canadá disse que planeja levar Facebook para o tribunal federal com o intuito de forçar a empresa a corrigir suas "graves violações" da lei de privacidade canadense. As descobertas vieram após o escândalo Cambridge Analytica, que atingiu mais de 600.000 perfis de cidadãos locais.
E, por fim, o Facebook foi atingido por sua terceira investigação — desta vez nos Estados Unidos, pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James. A chefe da lei estadual está investigando a recente “coleta não autorizada” de 1,5 milhão de endereços de e-mail de usuários que o Facebook usou para a verificação de perfis, mas que inadvertidamente também extraiu suas listas de contatos.
O porta-voz do Facebook, Jay Nancarrow, disse que a empresa está "em contato com o escritório do Procurador Geral do Estado de Nova York e está respondendo às suas perguntas sobre este assunto".