NM/PCS
Um modalidade de crime virtual em alta é o "sequestro" de redes sociais. Hackers invadem contas de Instagram ou Youtube e cobram um resgate para devolvê-las aos internautas.
De acordo com o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), de dez casos apurados de delitos digitais, ao menos seis estão relacionadas a invasão de e-mails ou redes sociais - principalmente aquelas páginas mais famosas, que geram bastante lucro aos donos.
"O foco é em pessoas com grande relevância na internet que possuem algum tipo de fragilidade em suas páginas, desde senhas fáceis até a falta de atualização de sistemas operacionais", afirma o delegado José Mariano Filho.
De acordo com a revista Veja, uma das vítimas deste tipo de golpe foi a ativista da causa animal Luisa Mell. Em novembro do ano passado, um hacker invadiu sua conta do Instagram e pediu o equivalente a 4 200 dólares em bitcoins pelo “resgate” do perfil.
"Entrei em pânico, mas resolvi o problema em dois dias com a ajuda de um especialista em tecnologia. Ele descobriu que a invasão se deu pelo meu e- mail", disse Luisa. "Hoje, uso uma senha tão complexa que levei meses para decorar", completa.
Outra vítima deste tipo de crime foi o advogado Fellipe Escudero, responsável pelo canal de moda urbana Hyped Content Brasil. No começo de junho, sua conta do YouTube, com 66 mil inscritos, foi invadida. Para não apagarem todo o conteúdo, os cibercriminosos exigiram 200 reais via PayPal para devolver a conta. "É uma mixaria, mas se eu pagar vão vir querendo mais", disse Escudero, alegando que a invasão fez com que ele perdesse várias propostas de trabalho.
Caso tenha passado por uma situação semelhante, o Instagram e o YouTube lembram que suas plataformas possuem o campo "contas invadidas por hackers" nas centrais de ajuda.
Para evitar que suas redes sociais sejam invadidas, faça uso da verificação de duas etapas, utilize senhas fortes e mude-a de tempos em tempos.