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Afinal, agora não é mais possível trocar a cor da parte traseira; o modelo atual só tem duas cores, ouro e platinum. Além disso, para colocar o chip telefônico, será necessário uma pecinha que abre uma bandeja para os cartões SIM, algo já usado em modelos mais caros.
A tela também melhorou, pois está com mais brilho que a anterior. Em um primeiro momento, dá a impressão de que ganhou a tecnologia Super Amoled, lembrando muito as telas dos celulares da Samsung, mas, na verdade, manteve o LCD mesmo. Apesar de ter ficado um pouco menor --eram 5,5 polegadas em 2016, agora são 5,2-- é grande o bastante para qualquer aplicação no celular. Você não vai sentir falta das 0,3 polegadas.
Sobre reprodução de áudio, tudo apenas ok, mas com destaque negativo para os fones de baixo volume e que escorregam facilmente do ouvido.
No desempenho, o processador é agora o Snapdragon 625, o mesmo usado no Moto Z Play. A CPU nova é um tanto melhor que o Snapdragon 617 do ano passado; a velocidade máxima cresceu de 1,5 GHz para 2,0 GHz entre os dois chips. Já a memória RAM e a interna mantiveram-se em 2 GB e 32 GB (aceita cartão MicroSD), respectivamente, as mesmas especificações do Moto G4 Plus.
Com esse conjunto, o celular esquenta de leve em momentos de uso moderado ou intenso, ao navegar na internet ou fazer vídeos na câmera por um tempo longo-- mas não tivemos travamentos e tudo flui muito bem em apps como Facebook, WhatsApp, Instagram e até games com gráficos pesados.
No teste Geekbench 4, marcou 805 pontos no núcleo simples e 3.847 no multicore. Nesse último ele ganha até do top de linha Galaxy S7 edge (na versão com o processador Snapdragon 820; o modelo com o Exynos 8890 é superior)
O que permaneceu (quase) igual
A partir daqui, vimos mais do mesmo. A linha Moto G ainda segue a filosofia Android-quase-puro da Lenovo/Motorola, com um sistema operacional 7.0 Nougat cuja maior modificação é a ausência da gaveta de aplicativos --aquele ícone circular que fica no pé da tela principal e que mostram todos os apps instalados no celular.
Mas só o ícone sumiu: a área de apps ainda esta lá, acessível por um deslizar de baixo para cima na página principal --algo similar ao Android 7.1 usado exclusivamente no Google Pixel.
O app "Moto" ainda reúne a maior parte da personalização da Motorola: as Moto Ações, no qual você gesticula para ativar mais rápido certos recursos do aparelho, como chacoalhar duas vezes para a lanterna (o flash traseiro aceso), girar duas vezes para a câmera, e mexer com o polegar para reduzir a área útil da tela para que tudo nela fique ao alcance do seu polegar.
Sensor inteligente
A ação nova mais interessante é realizada com o sensor de digitais com o objetivo de ganhar um pouco de tela: ele retira os três botões digitais de navegação do Android no pé da tela --o voltar, home e multijanelas-- e esses comandos podem ser realizados no sensor, deslizando para os lados esquerdo (voltar), direito (multijanelas) e clicando no centro (home).
Essa novidade causa um estranhamento inicial, mas você se acostuma logo. Por outro lado, também não é nada de mais: o ganho extra de tela nem faz tanta diferença assim. Para ficar ainda nos recursos extras, agora o modelo traz TV digital, que no ano passado só havia no Moto G4 comum. Mas fica a pergunta: esse recurso ainda faz sentido em tempos de Netflix e YouTube?
A câmera chama a atenção no papel por ter reduzido o sensor: eram 16 MP no G4 Plus, são agora 12 MP. Ganhou uma tecnologia chamada dual autofocus pixel, que permite um foco mais rápido e preciso e também captura mais luz que o modelo antigo. E de fato, a qualidade de luz é superior, mas os detalhes nas fotos ficaram mais pixelizados quando ampliadas.
No software da câmera, o resto ficou igual ao G4 Plus: tem panorama, vídeo, controle manual (para ISO, balanço de branco, foco, velocidade e exposição) e modo câmera lenta. A câmera frontal idem: manteve os 5 MP e ângulo de 85°, com boa qualidade. Bateria continua boa
A bateria de 3.000 mAh surpreendeu porque em uso moderado --redes sociais, e-mail e uns 20 minutos de Netflix, chegou a dois dias completos. Em uso intenso, com isso, Uber e mais três games por alguns minutos cada, também foi bem, com um dia e sete horas. E o modelo conta com carregador rápido, o que é um recurso valioso pro caso da bateria não dar conta eventualmente.
O preço sugerido de R$ 1.499 pode reduzir para cerca de R$ 1.320 com descontos no varejo, e assim ele se torna um produto bem vantajoso se estiver precisando de um celular intermediário novo. Se já tiver um Moto G4 Plus, deve ter notado que as melhorias mais importantes foram no processador, corpo, tela e sensor de câmera. De resto, não mexeu muito, mas só essas alterações já foram bem válidas.
Além disso, os lançamentos deste ano estão só começando e com exceção do Galaxy A5 2017, o Moto G5 Plus está competindo no momento só com modelos do ano passado --o LG K10, lançado há pouco, tem especificações inferiores. E mesmo assim, o Zenfone 3 Max, que já saiu há alguns meses, deve ser levado em conta como uma alternativa tão boa e até mais barata do que o clássico da Lenovo.
Concorrentes no mercado
Samsung Galaxy A5 2017 (R$ 1.709): tem 3 GB de RAM e mesma bateria (3.000 mAh), mas é mais caro e seu Android é modificado pela Samsung
Asus Zenfone 3 Max (R$ 1.187): tem quase todas as especificações do Moto G5 Plus, é mais barato e tem 3 GB de RAM, mas Android é modificado e corpo é mais pesado
Sony Xperia XA (R$ 1.599): além de mais caro, tem só 16 GB de memoria interna
Direto ao ponto: Moto G5 Plus
Tela: 5,2 polegadas Full HD
Sistema Operacional: Android 7.0
Processador: Snapdragon 625 octa-core (2 GHz)
Memória: 32 GB de armazenamento interno (cartão microSD de até 128 GB) e 2 GB de RAM
Câmeras: 12 MP (principal) e 5 MP (frontal)
Dimensões e peso: 150,2 x 74,0 x 7.7 a 9.7 mm (na câmera); e 155 g
Bateria: 3.000 mAh
Pontos positivos: corpo menor, acabamento em metal, tela mais brilhante, processador competente e câmera mais ágil Pontos negativos: poucas opções de cor, preço poderia ser menor, armazenamento não melhorou
Preço: R$ 1.349