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É de se esperar que robôs não tenham nenhum tipo de crise existencial, dado ao fato de que os mesmos ainda são desprovidos de sentimentos, certo? No entanto, um incidente com um robô da Knightscope parece sugerir que a vida não está fácil nem mesmo para eles.
Na segunda-feira (18), o robô de patrulha K5 correu diretamente para uma fonte localizada dentro de um complexo empresarial em Washington, EUA. Nossa tendência em humanizar objetos, ainda mais aqueles alimentados com inteligência artificial, levaram pessoas à ironia e a chamarem o segurança robótico da Knightscope de "robô-suicida".
Bilal Farooqui, que registrou o momento, lamentou suas expectativas no Twitter, "Nosso escritório em Washington arrumou um robô de segurança. Ele se afogou. Nos prometeram carros voadores, nos deram robôs suicidas."
Ainda não se sabe por que o robozinho se enfiou com a cara na água. Teria ele se cansado de um trabalho entediante ou percebido que o futuro da inteligência artificial poderá ser massacrante? Afinal, neste final de semana Elon Musk, o empresário por trás da Tesla e SpaceX, alertou governos sobre a importância de regular a tecnologia. Musk disse que o avanço da IA ameaça a existência humana. Claro, ele ainda não teria em mente a possibilidade de robôs vigilantes depressivos.
A Knightscope não informou as razões que levaram o robô a não identificar a fonte e, consequentemente, cair. Mas pelas imagens do incidente, é possível ver que os degraus da construção são convidativos a certos acidentes, sendo eles robóticos ou não.
Em sua conta no Twitter, a companhia brincou com o ocorrido e escreveu: "URGENTE: 'Eu ouvi que humanos conseguem mergulhar na água nesse calor, mas robôs não. Me desculpe".
Vale lembrar que os robôs da Knightscope já protagonizaram outras manchetes em situações relativamente cômicas e outras preocupantes. No começo deste ano, um homem bêbado foi preso por ter derrubado um K5 enquanto este supervisionava um estacionamento.
Já no ano passado, um K5 atropelou os pés de uma criança em um shopping center de Stanford. Na ocasião, a companhia afirmou ter feito os ajustes necessários ao colocar no mercado seus robôs de segurança. No entanto, ainda não devia ter previsto o tipo de "cansaço" ou distração de seus sensores que o levariam a acabar precocemente com seus dias.