NM/PCS
Um satélite europeu inovador da década de 1990, com aproximadamente 2,3 toneladas, está prestes a realizar uma reentrada não controlada na atmosfera terrestre. Contudo, não há motivo para alarme.
O ERS-2, lançado quase 30 anos atrás como o mais avançado instrumento de observação da Terra desenvolvido e lançado pela Europa na época, está programado para se fragmentar durante o processo, com a expectativa de que a maioria de suas partes queime durante a reentrada, conforme informado pela Agência Espacial Europeia (ESA).
Apesar disso, como a reentrada do satélite, que operou até 2011, será "natural" (objetos com massas semelhantes reentram na atmosfera da Terra a cada uma ou duas semanas), a agência não pode prever com precisão quando e onde, especificamente, o satélite entrará na atmosfera terrestre.
Segundo uma previsão da ESA desta segunda-feira (19), a reentrada está prevista para ocorrer por volta das 12h da próxima quarta-feira (21), no horário de Brasília.
A ESA o desativou em 2011 para que caísse gradualmente em direção à Terra, a cerca de 500 km de distância, em apenas 13 anos.
A ESA está monitorando constantemente a altitude orbital do satélite à medida que ele diminui. Embora seja possível que alguns fragmentos alcancem a superfície terrestre, a expectativa é que caiam no oceano. É importante ressaltar que nenhum desses fragmentos conterá substâncias tóxicas ou radioativas, conforme esclarecido pela ESA.
Além disso, a probabilidade de um ser humano ser atingido por detritos espaciais é extremamente baixa, estimada em cerca de uma em um trilhão.