Tecnologia
08/08/2012 07:03:06
Veja dicas para tirar foto com celular
O celular popularizou a fotografia: até quem não tinha câmera passou a "clicar" por aí. Porém, nem todas as fotos tiradas com esses aparelhos ficam boas.
G1/PCS
\n \n O\n celular popularizou a fotografia: até quem não tinha câmera passou a\n "clicar" por aí. Porém, nem todas as fotos tiradas com esses\n aparelhos ficam boas. Veja nesta reportagem algumas dicas para evitar os\n principais erros nos tipos mais comuns de fotos: as de paisagem, natureza,\n bichos, balada, shows, crianças e retratos.\n \n Independente\n do motivo da foto ou de quão moderno seja o aparelho, o principal passo para\n conseguir imagens melhores com o celular é ter paciência. Além da limitação que\n a maioria das câmeras de celulares tem, muitas vezes a afobação para registrar\n tudo e a preguiça de buscar um enquadramento melhor e a luz mais adequada\n resultam naquelas imagens escuras, "estouradas" (com excesso de\n iluminação) ou borradas que, ainda assim, povoam as redes sociais e as galerias\n dos celulares.\n \n Tenha\n cuidado ao usar o flash e faça uso do zoom com moderação. Se o primeiro for\n indispensável, atenção para fazer o foco em um ponto nem tão escuro, para\n diminuir as chances de a foto sair "estourada". E o zoom, na verdade,\n vai diminuir a qualidade da foto, além de aumentar as chances de imagem\n "tremida". Prefira chegar mais perto e fotografar com o máximo de\n qualidade/resolução.\n \n Crianças
\n Cansou de ter fotos tremidas ou borradas do seu filho? Isso acontece porque a\n criança não tem paciência de ficar parada e o tempo de resposta (entre o\n usuário clicar e a foto ser processada no celular) costuma ser maior em vários\n aparelhos. Ou ainda, se a intenção é mostrar a criança em movimento, é porque o\n celular não "congelou" a imagem dela.\n \n Nas\n fotos paradas, o principal é fazer o foco com antecedência. Escolha um ponto e\n foque na criança, ainda sem pedir para ela olhar para a câmera. No celular em\n que a foto é feita disparando um botão, faça um "meio clique" - não\n clique até o fim, apenas para acertar o foco. Só chame quando estiver tudo pronto,\n e aí acione o botão até o fim. Nas fotos em movimento, aconselha o fotógrafo\n Raul Zito, procure lugares mais bem iluminados: no parque, por exemplo, faça\n fotos ao sol, e não à sombra. A luminosidade ajuda a "congelar" o\n movimento.\n \n Balada e show
\n Fotos em ambientes escuros são difíceis de acertar, sobretudo porque o sensor\n das câmeras de celular não costuma ter tanta qualidade. Se não tiver um recurso\n para foto noturna, é quase inevitável usar o flash. Mas ele pode ser\n insuficiente ou clarear demais a cena escura para "compensar",\n deixando rostos muito brancos ou "olhos vermelhos". Para retratos na\n balada, Zito aconselha ficar sob um ponto de luz (holofote, por exemplo), o que\n ajudará equilibrar a imagem.\n \n O\n G1 fotografou um show\n de Michel Teló do ponto de vista da plateia. Constatou que o ideal é resistir à\n vontade de usar o zoom máximo: de 25 cliques, só 1 se salvou; os demais ficaram\n "tremidos". O melhor é ficar o mais perto possível do palco (a\n reportagem estava a 10\n metros de distância), esquecer o zoom e usar a resolução\n máxima. Depois, em casa, aproxime e corte a foto como quiser, usando um\n programa ou app de tratamento. Assim ela não perderá qualidade.\n \n Natureza e paisagem
\n Como muitas câmeras de celular são totalmente automáticas, sem recursos para\n que o usuário controle a luminosidade, o tempo de exposição etc., tudo depende\n da iluminação do ambiente e de onde se faz o foco. Se é em um ponto muito\n escuro, a câmera faz tudo para "compensar", o que pode deixar partes\n mais claras "estouradas".\n \n Faça\n fotos usando pontos diferentes de foco, para ver qual delas fica melhor. Num\n cenário com água e céu aberto, por exemplo, ora faça o foco no céu, ora na\n água. Depois experimente um ponto intermediário, nem tão escuro nem tão claro -\n provavelmente nesta situação o resultado será melhor.\n \n Bichos
\n Um dos desafios é fazer o seu animal "posar" e ficar paradinho para a\n foto. Escolher um lugar no qual ele já esteja acostumado a ficar facilita. Para\n mantê-lo olhando para a câmera, pode-se recorrer a um brinquedo ou biscoito.\n \n E\n como tirar fotos dele em movimento? Neste caso, fazer o foco é fundamental:\n escolha um ponto onde sabe que o animal passará, foque e só clique quando ele\n chegar a esse ponto. Lembre-se que nos celular onde há um botão para disparar,\n dê primeiro um "meio clique" (não até o fim) para fazer o foco. Só\n aperte o botão até o fim quando o animal chegar ao ponto onde foi feito o foco.\n \n Retrato
\n Este é talvez o\n tipo de foto mais comum com celular. Quem nunca tirou uma foto de si mesmo? Por\n isso há celulares (e câmeras portáteis também) com recurso que permite a pessoa\n se ver enquanto faz a foto. Porém, no caso de um retrato em ambiente mais\n escuro, verifique se esse modo possui flash.\n \n A\n dica de usar a luz a seu favor também vale muito aqui: procure uma luz lateral,\n que deixe o seu rosto mais bem definido. Cuidado com fotos com janela ao fundo:\n a tendência é o que está no primeiro plano escurecer. E o braço que segura o\n celular e sempre aparece no autorretrato? Para Zito, é melhor abaixar um pouco\n o cotovelo, formando um ângulo com o braço, do que deixando-o esticado.\n \n Outros "truques"
\n O G1 consultou\n fotógrafos que costumam utilizar o celular para seus cliques. Toni Pires, de 46\n anos, criou o projeto coletivo UaiPhone, que hoje reúne 30 fotógrafos\n profissionais no mundo todo fazendo registros com o smartphone. Uma das dicas\n que ele dá se refere ao flash. Coloco uma ou duas camadas de fita adesiva\n branca fosca no flash para atenuá-lo e deixar a foto menos branca",\n ensina.\n \n Odeio\n flash e desabilito sempre. Na minha visão, o flash acaba tirado completamente o\n ambiente das fotos, especialmente no iPhone, comenta a fotógrafa profissional\n Erica Modesto, de 30 anos. Inspirada em cenas do metrô do Rio de Janeiro, Erica\n iniciou o projeto Pensamentos Subterrâneos em agosto de 2011.\n \n Para\n compensar, Erica busca um apoio para o aparelho, o que evita imagens tremidas.\n Geralmente consigo estabilidade apoiando o cotovelo na barriga ou em algum\n lugar. Além disso, o iPhone tem um programinha de timer para ajudar a\n identificar o momento exato do clique, explica.\n \n Um\n tripé portátil é uma boa ferramenta para fazer fotos com baixa iluminação. O\n fotógrafo Fabrício Cavalcanti, de 34 anos, produziu seu próprio acessório para\n fixar o aparelho na produção de fotos e vídeos profissionais com smartphones.\n Coloquei uma porca de parafuso no celular com a dimensão da rosca do tripé,\n conta o profissional, que faz fotos urbanas como no projeto La Fiancée Française\n (a noiva francesa) iniciado em 2010.\n \n Defeito vira efeito
\n Fã de fotos em\n preto-e-branco, Erica diz que deixa para dar esse efeito no computador e faz as\n fotos em cor. Se deixar por conta da câmera, pode sair sem contraste."\n \n Mesmo\n algumas deficiências de captação de luz da câmera móvel podem ter um lado\n positivo. Infelizmente o celular não tem espaço para ter uma lente grande, o\n que limita a entrada de luz e interfere quando o usuário se mexe", observa\n o executivo de tecnologia Marcos Sêmola, de 41 anos, que abraçou a fotografia\n de rua como hobby em 2007. "Mas às vezes, se quero produzir uma imagem\n propositalmente granulada, o que seria um defeito vira efeito a meu favor,\n afirma.\n \n Como escolher o celular
\n Se a fotografia for um item decisivo para a compra do celular, mais do que a\n quantidade de megapixels, o consumidor deve observar o tempo de resposta entre\n acionar a câmera e fazer o clique, e o sistema de processamento da imagem,\n dizem os fotógrafos.\n \n O\n número de pixels é importante para quem deseja ampliar fotos, mas não é\n essencial para postar imagens em um blog ou na rede social, explica. Outra\n dica é verificar a procedência da lente. A qualidade da foto depende muito mais\n dela e já há marcas de celular que utilizam lentes consagradas na fotografia.\n \n Mas\n a regra mais importante para os especialistas é saber qual tipo de fotografia\n deseja fazer. Na maioria dos casos, as pessoas gostam de registrar eventos\n sociais e viagens, afirma Sêmola. "O melhor conjunto é ter noções de\n fotografia e verificar se o seu estilo é atendido pela câmera do celular",\n conclui.
\n Cansou de ter fotos tremidas ou borradas do seu filho? Isso acontece porque a\n criança não tem paciência de ficar parada e o tempo de resposta (entre o\n usuário clicar e a foto ser processada no celular) costuma ser maior em vários\n aparelhos. Ou ainda, se a intenção é mostrar a criança em movimento, é porque o\n celular não "congelou" a imagem dela.\n \n Nas\n fotos paradas, o principal é fazer o foco com antecedência. Escolha um ponto e\n foque na criança, ainda sem pedir para ela olhar para a câmera. No celular em\n que a foto é feita disparando um botão, faça um "meio clique" - não\n clique até o fim, apenas para acertar o foco. Só chame quando estiver tudo pronto,\n e aí acione o botão até o fim. Nas fotos em movimento, aconselha o fotógrafo\n Raul Zito, procure lugares mais bem iluminados: no parque, por exemplo, faça\n fotos ao sol, e não à sombra. A luminosidade ajuda a "congelar" o\n movimento.\n \n Balada e show
\n Fotos em ambientes escuros são difíceis de acertar, sobretudo porque o sensor\n das câmeras de celular não costuma ter tanta qualidade. Se não tiver um recurso\n para foto noturna, é quase inevitável usar o flash. Mas ele pode ser\n insuficiente ou clarear demais a cena escura para "compensar",\n deixando rostos muito brancos ou "olhos vermelhos". Para retratos na\n balada, Zito aconselha ficar sob um ponto de luz (holofote, por exemplo), o que\n ajudará equilibrar a imagem.\n \n O\n G1 fotografou um show\n de Michel Teló do ponto de vista da plateia. Constatou que o ideal é resistir à\n vontade de usar o zoom máximo: de 25 cliques, só 1 se salvou; os demais ficaram\n "tremidos". O melhor é ficar o mais perto possível do palco (a\n reportagem estava a 10\n metros de distância), esquecer o zoom e usar a resolução\n máxima. Depois, em casa, aproxime e corte a foto como quiser, usando um\n programa ou app de tratamento. Assim ela não perderá qualidade.\n \n Natureza e paisagem
\n Como muitas câmeras de celular são totalmente automáticas, sem recursos para\n que o usuário controle a luminosidade, o tempo de exposição etc., tudo depende\n da iluminação do ambiente e de onde se faz o foco. Se é em um ponto muito\n escuro, a câmera faz tudo para "compensar", o que pode deixar partes\n mais claras "estouradas".\n \n Faça\n fotos usando pontos diferentes de foco, para ver qual delas fica melhor. Num\n cenário com água e céu aberto, por exemplo, ora faça o foco no céu, ora na\n água. Depois experimente um ponto intermediário, nem tão escuro nem tão claro -\n provavelmente nesta situação o resultado será melhor.\n \n Bichos
\n Um dos desafios é fazer o seu animal "posar" e ficar paradinho para a\n foto. Escolher um lugar no qual ele já esteja acostumado a ficar facilita. Para\n mantê-lo olhando para a câmera, pode-se recorrer a um brinquedo ou biscoito.\n \n E\n como tirar fotos dele em movimento? Neste caso, fazer o foco é fundamental:\n escolha um ponto onde sabe que o animal passará, foque e só clique quando ele\n chegar a esse ponto. Lembre-se que nos celular onde há um botão para disparar,\n dê primeiro um "meio clique" (não até o fim) para fazer o foco. Só\n aperte o botão até o fim quando o animal chegar ao ponto onde foi feito o foco.\n \n Retrato
\n Este é talvez o\n tipo de foto mais comum com celular. Quem nunca tirou uma foto de si mesmo? Por\n isso há celulares (e câmeras portáteis também) com recurso que permite a pessoa\n se ver enquanto faz a foto. Porém, no caso de um retrato em ambiente mais\n escuro, verifique se esse modo possui flash.\n \n A\n dica de usar a luz a seu favor também vale muito aqui: procure uma luz lateral,\n que deixe o seu rosto mais bem definido. Cuidado com fotos com janela ao fundo:\n a tendência é o que está no primeiro plano escurecer. E o braço que segura o\n celular e sempre aparece no autorretrato? Para Zito, é melhor abaixar um pouco\n o cotovelo, formando um ângulo com o braço, do que deixando-o esticado.\n \n Outros "truques"
\n O G1 consultou\n fotógrafos que costumam utilizar o celular para seus cliques. Toni Pires, de 46\n anos, criou o projeto coletivo UaiPhone, que hoje reúne 30 fotógrafos\n profissionais no mundo todo fazendo registros com o smartphone. Uma das dicas\n que ele dá se refere ao flash. Coloco uma ou duas camadas de fita adesiva\n branca fosca no flash para atenuá-lo e deixar a foto menos branca",\n ensina.\n \n Odeio\n flash e desabilito sempre. Na minha visão, o flash acaba tirado completamente o\n ambiente das fotos, especialmente no iPhone, comenta a fotógrafa profissional\n Erica Modesto, de 30 anos. Inspirada em cenas do metrô do Rio de Janeiro, Erica\n iniciou o projeto Pensamentos Subterrâneos em agosto de 2011.\n \n Para\n compensar, Erica busca um apoio para o aparelho, o que evita imagens tremidas.\n Geralmente consigo estabilidade apoiando o cotovelo na barriga ou em algum\n lugar. Além disso, o iPhone tem um programinha de timer para ajudar a\n identificar o momento exato do clique, explica.\n \n Um\n tripé portátil é uma boa ferramenta para fazer fotos com baixa iluminação. O\n fotógrafo Fabrício Cavalcanti, de 34 anos, produziu seu próprio acessório para\n fixar o aparelho na produção de fotos e vídeos profissionais com smartphones.\n Coloquei uma porca de parafuso no celular com a dimensão da rosca do tripé,\n conta o profissional, que faz fotos urbanas como no projeto La Fiancée Française\n (a noiva francesa) iniciado em 2010.\n \n Defeito vira efeito
\n Fã de fotos em\n preto-e-branco, Erica diz que deixa para dar esse efeito no computador e faz as\n fotos em cor. Se deixar por conta da câmera, pode sair sem contraste."\n \n Mesmo\n algumas deficiências de captação de luz da câmera móvel podem ter um lado\n positivo. Infelizmente o celular não tem espaço para ter uma lente grande, o\n que limita a entrada de luz e interfere quando o usuário se mexe", observa\n o executivo de tecnologia Marcos Sêmola, de 41 anos, que abraçou a fotografia\n de rua como hobby em 2007. "Mas às vezes, se quero produzir uma imagem\n propositalmente granulada, o que seria um defeito vira efeito a meu favor,\n afirma.\n \n Como escolher o celular
\n Se a fotografia for um item decisivo para a compra do celular, mais do que a\n quantidade de megapixels, o consumidor deve observar o tempo de resposta entre\n acionar a câmera e fazer o clique, e o sistema de processamento da imagem,\n dizem os fotógrafos.\n \n O\n número de pixels é importante para quem deseja ampliar fotos, mas não é\n essencial para postar imagens em um blog ou na rede social, explica. Outra\n dica é verificar a procedência da lente. A qualidade da foto depende muito mais\n dela e já há marcas de celular que utilizam lentes consagradas na fotografia.\n \n Mas\n a regra mais importante para os especialistas é saber qual tipo de fotografia\n deseja fazer. Na maioria dos casos, as pessoas gostam de registrar eventos\n sociais e viagens, afirma Sêmola. "O melhor conjunto é ter noções de\n fotografia e verificar se o seu estilo é atendido pela câmera do celular",\n conclui.