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Há cerca de um ano o Toyota Etios estreou na gama a configuração automática -- aproveitando o velho câmbio de quatro velocidades da penúltima geração do Corolla --, a fim de conquistar novos compradores e se sustentar entre os modelos mais vendidos do Brasil.
Deu certo: a nova opção, mais o pequeno retoque visual que começou pela versão de topo Platinum e logo se espalhou pelo restante da gama, deu à família de compactos da marca japonesa novo fôlego.
Em 2017 a derivação hatch ocupa o 14º lugar no ranking de emplacamentos da Fenabrave (associação dos concessionários), sendo 4 mil das 9 mil unidades comercializadas no ano saíram das concessionárias só em março que o deixou em 12º na lista do mês). Desse total, 58% são exemplares sem pedal de embreagem.
Que o Etios automático foi uma boa sacada já não resta dúvidas. A questão é: ele tem estofo para vencer um duelo contra o Chevrolet Onix, atual líder de mercado e primeiro compacto brasileiro a utilizar transmissão automática com conversor de torque?
É o que mostramos agora em mais uma edição do duelo de UOL Carros. Para isso pegamos duas versões intermediárias dos dois modelos: um Etios XLS 1.5 AT4, de R$ 61.390, e um Onix LT 1.4 AT6, de R$ 55.890.As armas de cada um
Apesar de ter um motor 1.5 flex mais potente (107 vs. 106 cv com etanol) e com mais torque (14,7 contra 13 kgfm) do que o 1.4 bicombustível da General Motors, o Etios perde em eficiência ao usar uma caixa de câmbio mais antiga, com somente quatro velocidades (a do Onix tem seis marchas e é muito bem acertada).
O rival da Chevrolet também oferece mais equipamentos como itens de série e uma central multimídia mais conectada (com projeção de celulares e serviço de monitoramento e concièrge OnStar), além de levar vantagem nos quesitos visual (ok, o Etios melhorou, mas ainda está longe de ser referência estética, não é mesmo?) acabamento e ergonomia. Tudo isso por um preço razoavelmente menor e ainda com maior capilaridade de rede.
Por sua vez, o Etios oferece maior segurança no banco traseiro -- cinto de três pontos e encostos de cabeça para todos, além de ganchos para cadeirinhas infantis -- e revisões mais em conta até 60 mil quilômetros (R$ 2.800 contra R$ 3.050) --, mas não é o suficiente para ficar com a vitória.