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O Brasil receberá o seu primeiro Honda completamente brasileiro. O WR-V foi inteiramente desenvolvido e fabricado no país, pela primeira vez desde a chegada da montadora japonesa no Brasil há 45 anos.
O carro, que completa a família de SUVs da marca, como HR-V e CR-V, foi lançado globalmente no Salão do Automóvel, São Paulo.
Esse é o primeiro lançamento que saiu do centro de pesquisa e desenvolvimento da montadora no país, que foi criado em 2014 em Sumaré, São Paulo, com um investimento de R$ 10 milhões.
As vendas começarão no 1º semestre de 2017, mas ainda não há definições em relação ao preço ou volume de vendas. A perspectiva é que o modelo possa ser, no futuro, exportado para a América Latina.
O Brasil também será o primeiro país, fora o Japão, a fabricar a moto Africa Twin CRF 100L. A moto, que é um modelo premium, será feita na fábrica da Honda em Manaus.
Segundo Issao Mizoguchi, presidente da Honda para a América Latina, o carro é mais encorpado, com linhas fortes, que é a estética preferida dos brasileiros em um SUV, e com uma suspensão mais firme, para suportar as estradas do país.
Interesse no Brasil
O país é uma das regiões de interesse da montadora. “É uma marca muito bem consolidada no Brasil, mas ainda não temos participação de mercado tão grande. Por isso, ainda há muito espaço para crescer”, afirmou Hachigo, presidente global da Honda.
Já no mercado de duas rodas, a Honda domina 80% do setor. “Isso não acontece em nenhuma outra região”, disse.
“O Brasil é o líder em vendas de motos. Por isso, queremos produzir aqui para, no futuro, exportar e replicar o sucesso em outras regiões”, disse ele.
Para o presidente, os mercados emergentes são a maior fonte de expansão da montadora. Ainda que em países como o Brasil, China, Índia e em alguns países da África o aumento de vendas não esteja tão acelerado quando antes, ainda há mais oportunidades aqui.
Segundo ele, “em regiões como Estados Unidos, Japão e Europa, a maior parte das pessoas já tem o seu carro”.
A Honda ainda tem uma fábrica em Itirapina, interior de São Paulo, mas ainda não iniciou a operação no local. Segundo Mizoguchi, ela deve ficar fechada por mais um ano, pelo menos.