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Veículos
04/03/2017 12:27:00
Paixão pelo Fusca uniu casal que divide momentos inesquecíveis com o veículo
Eles se conheceram em evento voltado para apaixonados pelo veículo

CE/PCS

Célida e Cristiano são apaixonados por fusca (Foto: Gerson Oliveira/CE)

A paixão pelo Fusca foi o ponto em comum para que a estudante Célida Vanilda Villalba de Souza, de 30 anos, e o mecânico Cristiano Heleno Silva, 43, se conhecessem. O entusiasmo com que falam do veículo fez com que se tornassem um casal.

Eles conversaram, pela primeira vez, no dia 20 de janeiro de 2013 em evento de comemoração ao Dia Nacional do Fusca e, de lá pra cá, a maioria das lembranças positivas do casal tem alguma ligação com o carro.

Teve viagem até a praia, passeio internacional e encontro com amigos sempre a bordo do fusquinha.

Célida conta que o carro dela é “herança” de família. Pertenceu a avó e ao pai antes de passar para as mãos dela. Ela tem um fusca 1300L ano 76.

A história de Cristiano com o veículo é semelhante. Ele resume ter “nascido dentro de um fusca” porque este era o veículo do pai dele. “Quando ele viajava, a gente brigava pra ver quem ia ficar no ‘chiqueirinho’”, lembra ele, que tem um fusquinha 1300 ano 74.

E as histórias relacionadas ao carro continuaram durante toda a vida de Cristiano. “eu aprendi a dirigir em um fusca. Meu primeiro emprego foi em uma concessionária onde eu consertava fusca”.

OS ENCONTROS

Depois de três meses do primeiro encontro do casal, no desfile comemorativo, eles fizeram a primeira viagem juntos. “Fomos nos aproximando mais. Foi quando a gente se conheceu melhor e, a partir daí, a gente começou a fazer um monte de viagem”, relata Célida.

Um dos passeios marcantes foi até Guaratuba no (PR), quando o fusquinha chegou a atolar na areia da praia. Outro para Assunção (Paraguai) que teve até escolta policial em parte do trecho.

“Fizemos muita amizade. Tudo por causa do fusca”, afirma Cristiano. “Quando a gente viaja só fica em hotel se quiser porque as pessoas que fazem parte dos clubes de apaixonados por fusca chamam a gente”, completa Célida.

A estudante, inclusive, foi a primeira mulher a integrar a “Confraria Apaixonados por Fusca e Derivados” em Campo Grande e pouco tempo depois acabou virando presidente do clube. “Hoje temos mais mulheres. Virou clube de família. Promovemos ações sociais, comemorações”.

NEGÓCIO

O fusca também está virando fonte de renda para o casal, conforme explica Cristiano. Ele já costumava consertar outros veículos semelhantes na oficina, mas agora está alugando o carro para o transporte de noivas.

“A gente que leva”, brinca ele, afirmando que deixar outra pessoa dirigir o veículo de estimação “já é demais”.

Célida não disponibilizou o fusquinha dela para o negócio e prefere deixar ele estacionado na garagem de casa, saindo apenas em ocasiões especiais. “Ele já trabalhou bastante, precisa descansar”.

Questionados se já pensaram em vender o veículo, o casal é unânime em dizer “não”. “Ele tem valor”, finalizam.

Foto: Gerson Oliveira/CE