G1/PCS
A Toyota anunciou nesta terça-feira (4) mais um recall no Brasil por causa dos chamados "airbags mortais", que estão ligados a mais de 10 mortes no exterior. É o maior recall por causa deste defeito já feito no Brasil, com um total de 538 mil carros (veja abaixo a relação de chassis).
Desta vez, foram chamadas 223.518 unidades do modelo Corolla, 138.346 do modelo Etios e 176.866 da picape Hilux e do SUV SW4.
O problema é motivado por um defeito no dispositivo de segurança produzido pela principal fornecedora desse tipo de equipamento no mundo, a japonesa Takata.
Além da Toyota, ele envolve outras 10 marcas de carros no Brasil: Toyota, Nissan, Fiat, Jeep, Chrysler, Volkswagen, Subaru, Mitsubishi, Audi e BMW.
Qual é a falha?
A falha está na peça de metal que armazena o gás que faz a bolsa abrir, chamada insuflador.
Ela pode trincar com o tempo e a umidade, fazendo com que a abertura do airbag seja muito mais forte que o normal e, ao se partir em pedaços, lançar estilhaços contra os ocupantes, causando graves ferimentos.
Uma das mortes, nos Estados Unidos, foi investigada inicialmente como um assassinato porque os ferimentos da vítima pareciam facadas.
Outras marcas
O total de veículos chamados por causa dos airbags da Takata, desde 2013, supera 3 milhões de unidades no Brasil. No mundo, o número passa de 30 milhões.
Entre os modelos atingidos estão Honda Civic (fabricados entre 2000 a 2008), Toyota Corolla (2002 a 2014), Fiat Uno (2015/2016), Jeep Renegade (2015/2016) e Nissan March (2011 a 2014). Confira a lista com todos os recalls dos airbags no Brasil.
Há 1 ano, o G1 publicou um levantamento exclusivo sobre o índice de atendimento dos recalls de 2015. Entre os que apresentaram baixo índice, havia 7 relacionados aos “airbags mortais”.
No início de março, a Honda começou a veicular na TV um vídeo em que busca chamar a atenção de quem ainda não atendeu ao recall dos “airbags mortais” no Brasil.
Importância do recall
Não existe recall por defeito que não seja sério. Segundo o Código de Defesa do Consumidor, o chamado deve ser feito quando houver um defeito de fabricação que coloque em risco a vida do usuário.
Uma vez anunciado o recall, não existe limite de data para fazê-lo. O que pode ocorrer é a montadora determinar uma data de início do atendimento, e não uma para o fim.
Qualquer problema como demora no agendamento, lentidão no reparo e mau atendimento deve ser denunciado no Procon local. Os consertos devem ser totalmente gratuitos.