MMN/PCS
ImprimirA ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) autorizou o início das obras de duplicação da BR-163, na saída para Anhanduí, em Campo Grande, em publicação no DOU (Diário Oficial da União) desta terça-feira (15).
A duplicação com rotatória alongada e regularização de acessos fica entre o km 454,5 e o km 460. As obras ficam a cargo da Motiva, antiga CCR MSVia, que venceu a licitação para administrar a BR-163 em Mato Grosso do Sul.
A obra em questão faz parte da ampliação do PER (Programa de Exploração da Rodovia) do Contrato de Concessão e possui previsão de conclusão até o 1º ano de concessão.
Apesar da mudança de nome, a empresa está à frente da rodovia há pelo menos 11 anos e segue com a concessão bilionária em MS. A CCR foi a única interessada na estrada federal de 845,9 quilômetros, que vai de norte a sul no Estado.
Conforme sessão do leilão, a proposta da Motiva foi de R$ 0,07521 por km para a tarifa de pedágio. O valor é o mínimo previsto no edital da ANTT. Com o leilão, a rodovia terá menos duplicações em MS.
Ou seja, serão mais 203 quilômetros com duplicação na BR-163 em MS. Também há previsão de 147 quilômetros de faixas adicionais, 28,8 quilômetros de contornos, 55 obras de artes especiais e 23 quilômetros de marginais.
Duplicação A BR-163 em MS, segundo a CNT (Confederação Nacional do Transporte), está em bom estado. Contudo, possui trechos regulares perto da divisa com o Paraná. Ademais, vale pontuar que a pesquisa não considera nenhum dos pontos da rodovia como ótimo na classificação.
Mais de 80% da estrada não é duplicada no Estado. Ao longo dos 11 anos de concessão, a CCR MSVia duplicou 150,4 km dos 845,9 km de extensão da rodovia; ou seja, a concessionária entregou duplicação em apenas 17% da rodovia.
Além disso, vale pontuar que as duplicações pararam em 2018. Foram 86,3 km duplicados em 2015, outros 13,5 km em 2016, mais 38,8 km em 2017 e outros 11,6 km em 2018.
Percebe-se que a maior entrega de duplicação aconteceu logo em 2015, quando a concessionária buscava regularização para início das operações comerciais. Isso porque tinha obrigação da entrega de 10% do total de duplicações previstas no Programa de Exploração da Rodovia.
Então, acelerou a duplicação dos 86,3 quilômetros entregues em janeiro de 2015. Em setembro daquele mesmo ano, começou a cobrar pedágio aos condutores que passavam por MS.
Desde então, a CCR MSVia iniciou obras de duplicação e as mantêm paralisadas no Estado. Os dados são do último relatório mensal da concessionária, disponibilizado pela ANTT em abril de 2025.