Quinta-Feira, 21 de Novembro de 2024
Meio Ambiente
12/03/2024 06:30:00
Área de 6 mil hectares degradada do parque do Rio Taquari recebe plantas do Cerrado
Para acompanhar a evolução do projeto, armadilhas fotográficas ativadas por sensores de movimento foram instaladas na área que é recuperada

MMN/PCS

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Área degradada ao norte de Mato Grosso do Sul que faz parte de projeto. (Foto: Divulgação Imasul)

Cerca de 270 mil mudas serão plantadas no Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari para restaurar aproximadamente 6 mil hectares na região norte de Mato Grosso do Sul entre os municípios de Alcinópolis e Costa Rica, distante 126 quilômetros de Coxim.

O projeto “Sementes do Taquari”, realizado pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), tem o objetivo de restaurar a área que é uma unidade de conservação e que sofre com a ação de voçorocas, que grandes buracos e erosões que deixam o solo pobre e infértil, e que são formados em decorrência de práticas erradas de manejo do solo, enxurradas causadas por água da chuva e falta de vegetação sobre a terra para protegê-la.

O plano é semear vegetação típica do Cerrado para que, aos poucos, a vida volte a se desenvolver na região. Já foram plantadas 70 mil mudas em uma área que recebeu o tratamento do solo e até o fim do ano a previsão é de que sejam plantadas mais 200 mil mudas. “São espécies do Cerrado como ipê, balsamo, angico, aroeira, sendo que 20% são plantas frutíferas para alimentar os animais silvestres, entre elas o baru, pequi, jenipapo, jatobá”, explicou o geógrafo Rômulo Oliveira Louzada, um dos responsáveis técnicos pelo projeto.

Monitoramento

Para acompanhar a evolução do projeto, armadilhas fotográficas, ativadas por sensores de movimento, foram instaladas na área que é recuperada. Durante o dia e principalmente à noite, dezenas de espécies como antas, catetos, lobinhos, mão-peladas, tamanduás e até onças pardas foram flagradas transitando pela região.

A qualidade da água dos corpos hídricos presentes na região também está sendo monitorada, com pontos de amostragem que passaram a integrar o programa de ‘Monitoramento da Qualidade das Águas’, executado pelo Imasul, e até mesmo o monitoramento da paisagem acústica terrestre, que é o som do ambiente externo, é utilizado em avaliações.

O objetivo é avaliar a heterogeneidade sonora de pontos específicos para comparar áreas nativas, áreas degradadas e áreas em restauração do ponto de vista sonoro. Assim, é possível verificar a presença de espécies de aves de maneira indireta no ambiente, otimizando os recursos para trabalhar com as espécies.

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