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ImprimirDe uma semana para outra, as estimativas do tamanho da área queimada no Pantanal de Mato Grosso do Sul, neste ano, foram "reduzidas". Eram cerca de 2.235.350 de hectares até 10 de setembro, que viraram aproximadamente 1.450.425 hectares, nesta terça-feira (17).
O cálculo é feito pelo Lasa-UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro), uma das principais referências para estimar perdas para o fogo não só no Pantanal, como em outros biomas como o Cerrado e Amazônia.
A redução é de 784 mil hectares. Nesta semana, o portal de consulta do Lasa-URFJ está exibindo um aviso sobre a alteração do método para se dimensionar via satélite o impacto das queimadas. "As estimativas de área queimada do ano corrente (2024) na plataforma 'Alarmes' foram refinadas com base no 'Alarmes' 'histórico'", ele diz.
A explicação, no aviso, é que "o novo método aumenta a confiabilidade dos alertas, reduzindo os erros". Assim, o cálculo da área queimada passou a ter margem de erro média de até 10% e não mais de 30%, conforme indicava o painel, antes.
A UFRJ deverá publicar uma nota técnica com mais informações sobre a mudança e o impacto nos números apurados.
Segundo o cálculo atualizado do Lasa, a área afetada corresponde a quase 15% do Pantanal sul-mato-grossense. Com relação ao Pantanal brasileiro como um todo, também em Mato Grosso, ela é de 12% (1.941.175 hectares, no total).
Inpe - Outra referência para calcular o impacto do fogo no bioma são os focos de incêndio registrados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações.
De acordo com a plataforma BDQueimadas do órgão, o Pantanal de Mato Grosso do Sul teve 7.309 focos. Junto ao de Mato Grosso, foram 10.724.
Continuam - Incêndios seguem ocorrendo e consumindo novas áreas no Pantanal e em outras partes do Estado.
As chamas deram alguma trégua após frente fria chegar, no último fim de semana, porém tendem a retornar com intensidade nas próximas semanas, conforme análise das condições climáticas e do risco de fogo divulgada pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul) na quinta-feira (12).