CE/PCS
ImprimirQuase dois anos depois da promessa feita em maio de 2016, força-tarefa para salvar o Rio Taquari não saiu do papel. Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Agência Nacional de Águas (ANA) pretendiam conter os focos de arrombados das margens do rio (ou arrombamentos, inundação que cobre a propriedade rural), mas nada foi feito desde então.
Com isso, propriedades rurais ficam à mercê das águas ou recorrem a ações irregulares para evitar a invasão. Em conversa com o Ibama, o órgão afirmou que não tem estrutura para manter fiscalizações, com aeronaves ou veículos suficientes, já que as localidades são de difícil acesso.
O grande problema é que sem ações reais e efetivas que evitem os arrombados, produtores fecham canais de vazão do rio com sacos de areia, galhos e troncos de árvores, para proteger os pastos das inundações. Isso agrava o assoreamento e ainda mata milhares de peixes.
De acordo com Joanice Lube Battilani, chefe da Divisão Técnico-Ambiental do instituto, de 2013 para cá, o Ibama só fez entre oito e 10 fiscalizações na região pantaneira do Taquari. Durante o período, apenas três produtores acabaram autuados por usar dragas para evitar arrombados. A prática assoreia ainda mais o Taquari, que já tem grande extensão tomada por sedimentos.